O primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP), demonstrou interesse em ser o interlocutor nas negociações dos policiais civis do Estado de Mato Grosso com o governador Blairo Maggi (PR). A categoria está em greve há alguns dias reivindicando reposição salarial, como a que ocorreu para Policia Militar de Mato Grosso, no primeiro semestre deste ano.
Na avaliação de José Riva, a Comissão de Segurança Pública e Comunitária da Casa deve tomar um posicionamento e dividir com o governo a responsabilidade de encontrar uma solução para o fim da greve dos policiais. “É um setor que ao longo dos anos deixou de ser valorizado”, disse Riva, apesar de elogiar a atual gestão da pasta.
O deputado defendeu ainda que os parlamentares encampem a proposta de deixar livre as negociações salariais dos delegados e policiais civis, independente do teto salarial do governador. “Tem investigador ganhando pouco mais de dois salários mínimos. E no caso do teto salarial, os delegados e até os secretários ficam amarrados com baixo provimento”, avaliou Riva.
De acordo com o deputado, na greve dos policiais civis, não deve haver radicalismo de ambas as partes, tendo inclusive a participação efetiva dos demais poderes – como o Legislativo. “Ninguém pode negar a situação critica da categoria, que passou a ser uma responsabilidade de todos”, afirmou o parlamentar.
Para José Riva, a polícia civil tem quem resgatar a auto-estima. “A classe deve receber tratamento igual aos demais setores”, disse o deputado, ao ressaltar o empenho da Assembléia Legislativa para aprovar, no meio do ano, o reajuste salarial para os policiais militares em 47%. Na mesma negociação à época foi garantido estudos de recomposição para os policiais civis. “Temos que dividir as responsabilidades e os bônus”, defendeu Riva.
