O deputado estadual José Riva (PSD) avaliou que a aproximação entre o PR e o PDT pode rachar a base republicana. De acordo com o parlamentar, coligações equivocadas podem representar o distanciamento entre os filiados de qualquer partido.
“Me perguntam sempre sobre essa possível coligação entre PR e PDT. Não adianta isso. O saudoso ex-governador Dante de Oliveira [já falecido] sintetizava bem esse assunto, não adianta coligar, se não levar a base. O PR não leva a base para o senador Pedro Taques, pode ter certeza que não leva, pode levar um pedaço, a parte que fica, seja maior ou menor, se encarrega de fazer o estrago”, afirmou em entrevista nesta sexta-feira (27) ao programa Tribuna CBN, da Rádio CBN Cuiabá, apresentado pelo radialista Edivaldo Ribeiro.
Riva também utilizou o mesmo argumento para comentar sobre a aproximação entre o DEM e o PDT. “Não adianta o Jayme [senador Jayme Campos], Júlio [deputado federal Júlio Campos] se aliar com o senador Pedro Taques, que a base não vai e a gente sabe disso”.
Sobre o cenário para as eleições ao governo do Estado do próximo ano, Riva disse que o grupo da situação, composto principalmente pelo PMDB-PT-PP-PSD, fará o sucessor de Silval Barbosa (PMDB).
“Temos um único candidato de oposição declarado, que é o senador Pedro Taques (PDT) e tenho certeza que no grupo da situação, surgirão candidaturas fortes. Apesar desse quadro indefinido do grupo do atual governo, qualquer nome, seja do senador Blairo Maggi (PR), do empresário Eraí Maggi (PP), do suplente de senador Cidinho Santos (PR), do ex-vereador Lúdio Cabral (PT), do juiz federal Julier Sebastião (Sem partido), seja quem for, qualquer que seja vai ganhar a eleição porque a força do grupo é grande, dos municípios do interior é forte, vamos consolidar candidatura que vai fazer frente e com certeza, será vitoriosa”, garantiu.
Na oportunidade, Riva reiterou o desejo de não disputar mais eleição. “Minha decisão de não concorrer a pleitos eleitorais já vinha desde o mandato passado, mas naquela oportunidade me senti desafiado a concorrer. Tenho 26 anos de mandato, com muita dedicação, e isso me custou caro no campo pessoal e da saúde. Temos nomes para serem os herdeiros políticos, como da minha esposa Janete, que está provando que é capaz à frente da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), da minha filha Janaina que é uma liderança nova, dinâmica, guerreira. No PSD, também temos vários nomes, como do vice-governador Chico Daltro, do secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), Meraldo Sá, os deputados estaduais Walter Rabelo e Luizinho Magalhães, e outras lideranças do interior como da professora Nicinha, de Várzea Grande, Leandro Soares, de Barra do Garças”, citou.