O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), defendeu
como imprescindível a aprovação do novo Código Florestal Brasileiro. Riva
tem feito duras críticas em Plenário sobre a omissão do Congresso Nacional
por não votar a proposta. “O Congresso Nacional comete um grande equívoco
por não apreciar essa matéria, que dará a tranquilidade aos produtores
rurais”, afirmou Riva, que participou do ato de mobilização dos produtores
rurais realizado no início da manhã desta segunda-feira (04), na Famato.
Para Riva, esse movimento é a demonstração de que o Congresso Nacional não
cumpriu seu papel. Diferente da Assembleia Legislativa, que oportunizou a
participação da classe produtora nas discussões do Zoneamento Socioeconômico
Ambiental (ZSEE). O zoneamento deixará um grande legado aos produtores por
normatizar o uso dos recursos naturais de maneira sustentável. “Essas
discussões estimularam os produtores a se mobilizar para pressionar o
Congresso Nacional a votar o Código Florestal”.
O ZSEE já foi encaminhado ao Governo do Estado. “Esperamos que o zoneamento
ambiental seja sancionado até o próximo dia 15”, ressaltou, ao alertar que
não adiantará normatizar o uso da terra sem o código florestal.
Na sequencia, os produtores seguiram rumo à Brasília onde farão o manifesto
amanhã (05), no Congresso Nacional. A ideia é reunir pelo menos 20 mil
produtores rurais de todo o Brasil, sendo 1,5 mil de Mato Grosso, para
pressionar pela votação do novo Código Florestal. “A classe merece todo
nosso apoio”, declarou o governador em exercício, Chico Daltro. Ele garantiu
que o Governo do Estado não terá dificuldades em sancionar o ZSEE porque foi
amplamente debatido.
O presidente da Famato, Rui Prado, destacou a importância social e econômica
da nova legislação. “Sessenta e dois por cento a mata de Mato Grosso estão
preservadas. Mas, o atual código florestal não contempla a categoria, pois
90% dos produtores rurais têm alguma irregularidade ambiental e são
considerados criminosos. Vamos mostrar em Brasília que somos trabalhadores”.
O deputado federal Homero Pereira, que acompanhará os participantes em
Brasília, explicou que os deputados federais já trabalham a proposta.
“Passamos os finais de semana reunidos para aperfeiçoar o texto”.