Após a derrota do grupo político nas eleições para o governo do Estado, o deputado estadual José Riva (PSD) afirmou que a legenda será oposição ao governador eleito, Pedro Taques (PDT), mas com coerência em prol dos interesses de Mato Grosso.
De acordo com Riva, que é secretário-geral do PSD, a sigla-partidária vai apoiar todas as iniciativas do próximo chefe do executivo, que sejam para ajudar o Estado.
“O PSD vai ser oposição, com coerência, para ajudar Mato Grosso. Vamos cobrar o cumprimento das propostas feitas na campanha, obviamente. Mas, vamos apoiar toda e qualquer iniciativa que o governador Pedro Taques tiver em favor do nosso Estado, como não poderia ser diferente. O nosso partido não vai atrapalhar em nada, pelo contrário, vai contribuir”, garantiu.
Riva argumentou que a sociedade decidiu colocar o PSD na oposição, mas os parlamentares terão autonomia para atuar na Assembleia Legislativa. “A população elegeu quatro deputados do PSD [Janaina Riva, Walter Rabelo, José Domingos, Pedro Satélite] para fazer oposição coerente, séria. Não queremos fazer diferente. Em que pese, os nossos deputados tenham autonomia para atuar aqui, a recomendação do partido é para uma oposição coerente”, analisou.
O PSD disputou a eleição para o governo do Estado primeiramente com o próprio Riva, que teve o registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mantido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Posteriormente, a sua esposa, Janete Riva, assumiu a candidatura, faltando 20 dias para o pleito eleitoral.
“Quero cumprimentar a Janete, que foi uma gigante, guerreira. Com apenas 20 dias de campanha, com todas as dificuldades estruturais, políticas, com muitos fatores contrários, chegou a quase 10% dos votos. O resultado foi uma grande vitória. Só de pensar que nesse curto espaço de tempo, tivemos o sequestro dos pilotos [dia 20 de setembro, durante campanha eleitoral em Pontes e Lacerda], onde paramos a campanha naquele final de semana. Janete mostrou para o Estado que a gente não faz campanha só para ganhar, nosso objetivo era encerrar a campanha com dignidade, pelo menos tentar provocar o segundo turno, mas as vozes das ruas queriam a eleição do Pedro Taques e nós respeitamos”, disse.
O momento é de análise das eleições, segundo Riva. “Cabe a nós, debruçarmos sobre o resultado das eleições, fazer uma reflexão, porque tem muito a ver com os movimentos sociais que ocorreram nesse país. Naquela época, já tínhamos a clara demonstração de como seria o voto nessas eleições”, opinou.
Com mais de 20 anos de vida pública, Riva está encerrando o seu último mandato de deputado estadual. Reiterou que decidiu ingressar na disputa para o governo do Estado, na intenção de provocar um debate público com os candidatos e a sociedade.
“Quando coloquei minha candidatura, foi para mostrar para esse Estado que não sou bandido, que não sou ladrão, e que queria fazer um enfrentamento público, como fiz. Foram dias maravilhosos de campanha, com todas as dificuldades, pude ir ao povo, mostrar as minhas ideias e propostas, e reforçar que só tenho um temor: a Deus, e não são ataques rasteiros, sórdidos e sujos que recebo todos os dias”, disparou.
O deputado estadual agradeceu a militância, aos partidos que participaram da coligação “Viva Mato Grosso”, em seu nome e por Janete Riva. “Agradeço a todos os companheiros, que insistentemente, acreditaram no projeto, mesmo quando sabiam que não íamos vencer, mas mesmo assim, ficaram até o final conosco”, concluiu.