O deputado estadual José Riva (PSD) voltou a defender o fim do modelo de gestão da saúde em Mato Grosso por meio das Organizações Sociais de Saúde (OSS). “Acredito que as OSS fracassam e por isso defendo a mudança”, justificou.
De acordo com o parlamentar, as OSS não deram certo no estado e por isso é favorável a revisão do modelo de gestão da saúde. “Disse ao governador Silval Barbosa (PMDB) algumas vezes que essa gestão por OSS foi uma tentativa no intuito de melhorar, o que não aconteceu e precisamos ter humildade e rever esse modelo”, avaliou.
Contrário ao modelo implantado há dois anos em Mato Grosso, Riva argumentou que os deputados estaduais deram um voto de confiança ao governo, mas as expectativas de melhoria da gestão não se confirmaram.
Riva voltou a defender o fim das OSS durante o Manifesto Municipalista realizado pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e União das Câmaras Municipais de Mato Grosso (Ucmmat), realizado na semana passada. Na oportunidade, criticou o modelo de gestão da Saúde na presença do governador. “As OSS não deram certo decididamente, governador. Temos que reconhecer isso. Espero que haja a mudança necessária”, cobrou.
A terceirização é criticada pelo deputado estadual, que defende o aperfeiçoamento do serviço público. “Sempre que se recorre à terceirização se admite a incompetência do serviço público. Temos servidores e gestores competentes no setor, precisamos dar condições de trabalho”, opinou.
Em outras oportunidades, Riva também criticou as OSS em função de criar duas categorias de cidadão, o que contradiz com o principio da isonomia. “O melhor modelo de gestão da saúde é o mais humano. As OSS são injustas neste aspecto, pois o atendimento pode ser qualificado, mas ocorre apenas em algumas regiões e outras são penalizadas, o que mostra um tratamento diferenciado e inaceitável. Com base no principio da isonomia, é preciso ter uma gestão uniforme para todo o estado”, argumentou.
Para o deputado, o melhor modelo de gestão da saúde seria por meio dos consórcios, com a participação efetiva dos prefeitos e vereadores. “Contando com alguns hospitais de referência, ou seja, os regionais, e a gestão com a atuação dos consórcios o sistema seria mais eficiente, pois hoje problemas básicos não conseguem ser atendidos”.