Especialistas entrevistados pela Veja apontam que a baixa produtividade e os altos custos do crédito impedem um crescimento consistente, enquanto a inflação reduz o poder de compra da população
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Segundo matéria publicada na revista Veja nesta sexta (14), o Brasil enfrenta um cenário econômico frágil devido aos equívocos do governo Lula. A publicação destaca que a estratégia de estimular o consumo sem fortalecer a base produtiva gera inflação e compromete o poder de compra da população mais pobre.
O aumento dos preços em supermercados, aluguéis e serviços é um reflexo dessa política. Embora o PIB tenha apresentado crescimento recente, a Veja alerta que esse avanço foi artificial e não deve se repetir, colocando o país em risco de uma nova estagnação.
A revista observa que a economia brasileira segue um padrão recorrente: períodos curtos de crescimento impulsionado pelo consumo são seguidos por retrações, devido à falta de investimentos estruturais. Segundo a publicação, o Brasil continua preso à armadilha da renda média, sem avançar para um desenvolvimento sustentável. Especialistas entrevistados pela Veja apontam que a baixa produtividade e os altos custos do crédito impedem um crescimento consistente, enquanto a inflação reduz o poder de compra da população.
Dados analisados pela Veja, com base no IBGE, mostram que o PIB cresceu 3,4% em 2024, mas sem sustentação a longo prazo. No último trimestre do ano, o crescimento foi quase nulo, e o consumo das famílias caiu 1%, sinalizando um esgotamento desse modelo econômico. Até o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu que o PIB de 2025 será inferior a 2%. A Veja destaca que essa desaceleração reforça o alerta de que o país está longe de alcançar um desenvolvimento econômico sólido.
Para escapar desse ciclo de instabilidade, a Veja sugere que o Brasil siga exemplos de países como Coreia do Sul e Polônia, que investiram em produtividade e reformas estruturais. A publicação enfatiza que o modelo protecionista adotado pelo Brasil e os gastos públicos descontrolados afastam a economia nacional do crescimento sustentável.
Sem mudanças estruturais, o país continuará preso em um crescimento medíocre, incapaz de alcançar o nível das economias mais dinâmicas do mundo.