quinta-feira, 21/11/2024
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Representante da ONU pede que Brasil apoie decisões sobre Síria

Em visita ao país, a subsecretária-geral de assuntos humanitários da ONU, Valerie Amos, instou o Brasil a continuar apoiando as decisões do Conselho de Segurança da que buscam aumentar o acesso da assistência externa à população da Síria.

"Estive na Síria há três semanas, fui a primeira pessoa a visitar o distrito de Baba Amro, em Homs [palco de combates entre as forças do regime e os opositores]. O lugar estava destruído e a maior parte da população havia fugido por causa do conflito", disse a representante da ONU, em reunião com jornalistas no Centro de Informação das Nações Unidas no Rio.

"O comércio estava fechado e, além das forças de segurança, havia apenas algumas famílias tentando salvar alguns de seus pertences. Nossa principal missão agora é negociar com o governo sírio para conseguir o acesso de mais pessoas que possam entregar a ajuda humanitária necessária", acrescentou.

Amos, que é a primeira mulher a chefiar o escritório de coordenação de assuntos humanitários (Ocha), está em sua primeira missão pela ONU na América Latina.

Ela esteve no Panamá antes de vir ao Brasil e encontrou-se ontem em Brasília com os ministros Antônio Patriota (Relações Exteriores), Celso Amorim (Defesa) e Fernando Bezerra (Integração Nacional).

RESPOSTA A DESASTRES

O objetivo oficial de sua visita foi discutir mecanismos que possam "fortalecer a troca de experiências na resposta a desastres e ajuda humanitária".

Hoje ela teve encontros com o governo do Rio e com entidades públicas e privadas, como os Correios e o Banco do Brasil, que têm experiência em ações de resposta a desastres.

"O Brasil tem uma atuação reconhecida na defesa dos direitos humanos e na resposta a desastres, especialmente em grandes áreas urbanas e em enchentes", disse Amos, que também destacou a interação entre os três níveis de governo nas ações.

Questionada sobre as denúncias de corrupção e ineficiência em diversos processos de recuperação de áreas atingidas, como a tragédia da região serrana do Rio, Amos disse que "o crucial é aprender com as experiências anteriores".

"Desde que estou nesse cargo, todos os países que visitei sempre disseram 'nós poderíamos ter feito melhor'. Mesmo o Japão, que é extremamente avançado na reação a desastres, aprendeu com sua experiência recente [após o terremoto e tsunami de 2011]."

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
F.COM

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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