De acordo com o vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), o delegado responsável pelo inquérito, Diógenes Curado, pediu mais um dia de prazo ao juiz responsável pelo processo dos sanguessugas, Jéferson Schneider.
“O secretário da CPI , Augusto Panisset, foi designado para trazer o material de Cuiabá até Brasília e deverá fazê-lo tão logo o juiz esteja de posse do relatório”, informou Jungmann.
O deputado disse que já há pistas sobre a origem de parte do dinheiro que seria usado na compra do dossiê, inclusive que uma quantia passou por bancas de jogo do bicho, embora o delegado não possa informar o nome desses estabelecimentos. Jungmann tentou confirmar junto a Curado se é verdade que uma das operações de compra de dólares que compunham o R$ 1,7 milhão tem como ponta final o ex-diretor administrativo do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) Jorge Lorenzetti. O delegado disse que não poderia dar informações a essa pergunta.
“Mas a origem do dinheiro não muda nada. O fato é que o dinheiro estava em poder de um grupo do PT, sendo transportado por um grupo do PT”, disse Jungmann, respondendo sobre a possibilidade de o grupo ter cometido um crime eleitoral.
De todo modo, o deputado evitou fazer considerações sobre a hipótese de cassação do registro da candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva:
“O clima já está por demais acirrado. É preciso que se diga que quem vencer as eleições deve governar com o apoio das demais forças políticas. Quanto aos processos, devem seguir”, disse Jungmann.