“Houve uma alteração da rota utilizada pelos traficantes. Eles passaram a se utilizar muito mais de rotas terrestres para a entrada de armas no País. Isso possibilitou a construção de bases operacionais no Paraguai e Colômbia”, explica o relator.
O relatório, cuja divulgação estava prevista para esta quarta-feira, deve ser lido em meados de novembro. O documento deve trazer uma radiografia das principais rotas utilizadas pelo tráfico de arma.
Ainda segundo o relator, já foram feitas reuniões com embaixadores de alguns Países da América Latina para propor uma solução conjunta para o problema. Além do tráfico de armas e drogas, o PCC atua nesses países protegendo criminosos brasileiros que se encontram nessas regiões.
Outra proposta será a tipificação do crime organizado no Brasil, ou seja, a criação de uma legislação e medidas específicas para lidar com esses casos. De acordo com o relator, não há esse tipo de legislação no Brasil. “Não temos, como na Itália, uma legislação específica. A partir disso (tipificação do crime organizado), se inicia a regulamentação do acesso de advogados dos criminosos aos presídios e outras questões”, explica Pimenta.
O relatório possui cerca de 80 propostas que envolvem desde a vigilância nas fronteiras até modificações no processo de registro de armas.
A previsão era de que o relatório final fosse votado no dia 25 de novembro, mas ambas as datas, de divulgação e votação, foram adiadas para depois das eleições. A previsão é de que a nova data seja marcada para a primeira quinzena de novembro. A CPI se encerra no dia 02 de dezembro.