Qualquer que seja a opção, a decisão tomada com base no novo estatuto da empresa, aprovado no dia 16 de abril, definiu que 109 funcionários terão de deixar a empresa. Desse total, 81 são afilhados de políticos.
O governo encomendou estudos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e concluiu, pelas avaliações preliminares, que as opções futuras impõem uma “limpeza” administrativa prévia na empresa.
O BNDES está formatando a solução da abertura de capital. A Anac entrega até o fim de junho os cenários de fatiamento da Infraero – agrupando-a por blocos de rentabilidade dos aeroportos – e o passo a passo de um processo de privatização.
A abertura de capital ou a privatização têm em vista a necessidade de investimentos por causa da Copa do Mundo de 2014, as pretensões cariocas de sediar as Olimpíadas de 2016 e a eventual retomada do crescimento econômico na casa dos 5%, o que demandará uma nova malha aeroportuária.
Da lista de 109 funcionários, 28 deles, todos indicados por políticos, já foram afastados. Mais 53 apadrinhados deixarão a empresa nas próximas semanas. A decisão de bloquear o empreguismo político-partidário na Infraero é dada como irreversível no Ministério da Defesa.
Nesta terça, prevendo resistências, o ministro Nelson Jobim (Defesa) enviou para alguns líderes da base governista um resumo do novo estatuto da empresa e a escala de exonerações a cumprir. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.
U.Seg