Dezenas de soldados e policiais invadiram um hotel de luxo em Manila, capital das Filipinas, que havia sido ocupado por cerca de 30 soldados rebeldes armados. Os líderes se renderam às tropas do governo filipino na Peninsula em Makati, no distrito financeiro de Manila.
Segundo a BBC, os soldados rebeldes são acusados de uma tentativa fracassada de motim em 2003 e ocuparam o hotel depois de terem fugido do tribunal onde eram julgados.
O general Danilo Lin e o oficial do Exército e senador Antonio Trillanes disseram anunciaram a rendição “para evitar a perda de vidas”. Apoiados por políticos da oposição, os rebeldes tentaram encorajar a população a se levantar contra o governo, exigindo a renúncia da presidente Gloria Macapagal Arroyo.
Quando as tropas entraram no prédio, foram ouvidos tiros, e bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas na recepção do Peninsula Hotel. Os hóspedes do hotel conseguiram fugir depois da ocupação, mas o prédio continuava cheio de jornalistas na hora do assalto militar, realizado por dezenas de soldados das forças especiais, apoiados por veículos blindados e tanques.
Um toque de recolher de cinco horas foi imposto na capital, Manila, desde a meia-noite desta quinta-feira (horário local). O ministro do Interior, Ronaldo Puno, disse que permitiria às autoridades conduzir operações de segurança posteriores ao cerco.
Arroyo, muito impopular devido às suspeitas generalizadas de corrupção, já resistiu a pelo menos duas tentativas de golpe e três processos de impeachment, graças à forte maioria entre os deputados e à apatia da classe média, cansada de instabilidade política.