O jovem Rafael Jorge da Silva, de 18 anos, foi assassinado com seis tiros de revólver quando jogava sinuca num bar da rua Santa Clara, no bairro Santa Isabel, em Cuiabá. Testemunhas disseram que três rapazes, identificados como “Geferson”, “Gustavo” e “Patrick”, o cercaram e um deles atirou seis vezes, acertando todas. Em seguida, os criminosos fugiram a pé.
O crime ocorreu anteontem, por volta das 20 horas. Levado ao Pronto-ocorro de Cuiabá, Rafael morreu por volta das 3 horas da madrugada. A princípio, o homicídio seria um acerto de contas entre um dos criminosos e a vítima.
Policiais militares que levaram a vítima ao Pronto-Socorro chegaram a fazer rondas em vários pontos do bairro, na tentativa de localizar os criminosos, mas não obtiveram êxito. Uma das suspeitas é que tenham se escondido em outro bairro.
De acordo com policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime seria decorrente de uma rixa antiga ocorrida há dois anos no bairro Ribeirão do Lipa, onde moravam. Na ocasião, estudavam num colégio público e lá começaram uma briga que foi terminar com o assassinato de Rafael. Desde que se desentenderam, os dois se mudaram do bairro. Os pais da vítima residem no Jardim Florianópolis.
Rafael, por sua vez, se juntou com uma mulher e se mudou para o bairro Santa Isabel. Desde então, não teve mais notícias de seu desafeto, que também se mudou, no ano passado, para o mesmo bairro. Nesse ínterim, o criminoso esteve preso no Complexo do Pomeri, cumprindo atividades sócio-educativas pelos crimes de roubo e homicídio. Ele teria saído de lá no ano passado.
Uma outra linha de investigação revela que a intenção dos assassinos era matar um conhecido de Rafael, que teria morrido por estar no lugar errado e na hora errada.
Horas antes do crime, Rafael saiu de sua casa, localizada nos fundos do bar, e foi jogar sinuca com amigos. Por volta das 20 horas, os três rapazes chegaram. Minutos depois, um deles sacou um revólver e começou a atirar.
“Descarregou a arma. Foram seis tiros, todos disparados à curta distância. Tudo indica que seja um revólver com seis tiros”, observou um policial da DHPP que esteve no local e participa das investigações. Os disparos acertaram tórax, ombro e costas. Um projétil chegou a perfurar a vítima e parou na mesa de sinuca.
Com a identificação dos envolvidos, o delegado Hamilton César de Camargo deverá qualificá-los de forma indireta (através do relato de testemunhas) e indiciá-los por homicídio. “Mais um crime esclarecido. Com a identificação, o inquérito será encaminhado para a Delegacia do Complexo do Verdão”, informou um policial plantonista.