A segunda fase do programa Cidade Limpa, de combate à poluição do ar, prevê a instalação de radares com sensor antipoluição para multar veículos que emitem fumaça em excesso. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente está concluindo as normas para a licitação do aparelho e pretende lançá-la até junho.
Inicialmente serão dois sensores: um móvel, para locais de grandes congestionamentos, e um fixo, que ficará numa avenida a ser definida.
O sensor será instalado no asfalto e vai mensurar o volume de poluentes por feixes de raios infravermelhos. Se a emissão ultrapassar padrões internacionais, a placa será fotografada. A secretaria ainda não definiu o valor das multas, que serão aplicadas com base na Lei de Crimes Ambientes, de 1999.
A secretaria informou que o aparelho já é usado na Europa. E divulgou a dissertação de mestrado do pesquisador Gabriel Jacondino, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, de 2005, segundo a qual o sensoriamento remoto de poluição foi desenvolvido na década de 80. Mas Jacondino ressaltou que o equipamento é mais eficaz para avaliar veículos leves.
“Medir o nível de poluição por esses aparelhos é complexo. É preciso levar em conta variáveis como velocidade e a marcha em que o veículo está”, diz o gerente de Tecnologia do Ar da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), Carlos Komatsu. Ele também afirmou que não sabe se a iniciativa tem amparo legal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.