O cantor, Gusttavo Lima, desistiu de sua candidatura à Presidência da República. Pelo menos esse é o seu discurso em um vídeo que ele postou em suas redes sociais.
Novidade? Nenhuma! Afinal, o fato comum dentro da política é a impermanência de celebridades que aparecem com o discurso de querer ajudar o País. Elas se colocam sendo uma boa opção a partir de suas qualidades artísticas e profissionais já divulgadas, mas na hora de entrar em campo, o recuo acontece.
O motivo da desistência foi pelo fato de ser filantropo. Uma escolha positiva para a imagem artística, já que é melhor que entrar no ringue da política, onde independentemente da posição onde esteja, virão socos, chutes e rasteiras.
Ser político é transitar por todos os lados. Os experientes ficam ligados ao próprio lastro e à gratidão da trajetória. Os novos, por sua vez, sofrem por não entender como o jogo como funciona. E como em um casamento, é preciso comer um saco de sal para surfar nas ondas dos fatos, das traições e das janelas das oportunidades.
Caiado poderia ter ganhado um bom pontapé para alavancar sua candidatura a presidente com a companhia do cantor. Mas em política, nunca 1+1=2.
Fato agora, que volta Caiado e sua experiência para o pleito. Amparado pela avaliação do governo e o discurso da segurança pública para se posicionar como opção da centro-direita.
O espaço para vice abre e o jogo reabre. Cabe o governador de São Paulo nessa chapa? Uma unificação da direita é possível para disputar com o PT?
A seguir, cenas dos próximos capítulos, com os bastidores aquecidos.
*Kim Macherini é cientista social, especialista político e sócio-diretor da Santa Dica, empresa de consultoria e pesquisa localizada em Goiânia.
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