quinta-feira, 07/11/2024
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Queda de ponte na China deixa 22 mortos e 44 desaparecidos

Pelo menos 22 operários morreram e 44 estão desaparecidos após a queda de uma ponte em construção na qual trabalhavam, no centro da China. O governo investiga mais de 6 mil pontes em todo o país devido a seu estado perigoso.
A queda aconteceu na província de Hunan, às 16h40 de ontem (5h40 de Brasília). Pelo menos 123 operários trabalhavam sobre e sob a ponte no momento do acidente, dos quais 64 foram resgatados e 22 tiveram que ser hospitalizados, segundo os últimos dados do Ministério de Segurança no Trabalho russo.

Com 328 metros de comprimento e 42 metros de altura, a construção, que cruzava o rio Tuo, no distrito de Fenghuang, estava quase terminada e deveria ser inaugurada no fim do mês. Os operários estavam retirando os andaimes, segundo a agência estatal “Xinhua”.

A encarregada do projeto no oeste da província, era a empresa Fengda, por meio do consórcio Road and Bridge Construction (RBC). O investimo no projeto chega a US$ 1,6 milhão.

As autoridades estão investigando as causas do acidente. Existe a possibilidade de o mestre de obras da RBC, Xia Toujia, e o supervisor do projeto, Jiang Ping, terem cometido algum erro.

Segundo a emissora “CFTV”, os trabalhadores eram em sua maioria imigrantes vindos da zona rural.

Manutenção nas pontes

Em junho, nove pessoas morreram na província de Cantão, no sul da China, depois de um navio carregado de areia se chocar contra um pilar de uma ponte, derrubando um trecho de 150 metros pelo qual passavam vários veículos e pedestres.

Na ocasião, inicialmente a imprensa chinesa afirmou que não havia vítimas mortais. Mas, nos dias seguintes, as equipes de resgate encontraram nove corpos. Após o acidente, o Ministério de Comunicações anunciou um plano para inspecionar e reparar mais de 6 mil pontes.

Segundo o relatório anual de manutenção de estradas elaborado pelo Ministério, no fim de 2006 havia na China cerca de 6.300 pontes “em estado perigoso, com alguns componentes estruturais importantes seriamente danificados”.

O plano do Ministério é que todas as pontes das estradas nacionais e provinciais e da maioria das estradas dos distritos se tornem seguras até 2010.

Controle das estruturas

Segundo o jornal estatal “China Daily”, entre os anos 2000 e 2005 o Governo gastou US$ 1,97 bilhão na reparação de 7 mil pontes, além de ter implantado um sistema de manutenção que obriga as empresas de construção de estradas a contratar engenheiros para controlar as suas estruturas.

Segundo o secretário-geral do Instituto de Pontes e Engenharia Estrutural, Xiao Rucheng, “no passado, desenhar uma ponte exigia pelo menos um ano, mas agora costuma levar um mês”. A rapidez nas obras resulta em defeitos no desenho e na construção.

“Uma vez vi que pediam a operários que unissem duas seções de uma ponte durante um tufão. As fendas podem aparecer com facilidade se o cimento é despejado com um clima assim”. O especialista ainda lembrou que um dos problemas das pontes construídas nos últimos 20 anos é não ter sido levado em consideração o intenso tráfego atual. As estruturas não estão preparadas para suportar tanto peso.

Na China há mais de 500 mil pontes, a maioria construída nos últimos 20 anos.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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