Uma grande operação de resgate, com mais de 3.500 militares, 39 embarcações, 32 aparelhos aéreos e sete batiscafos (pequeno veículo submarino), está em curso nesta segunda-feira para resgatar os corpos das 92 pessoas que morreram ontem a bordo do avião militar Tupolev TU-154 que caiu nas águas do Mar Negro.
Os operários de resgate, entre eles 135 mergulhadores, recuperaram até agora 11 corpos e 154 partes do avião que caiu minutos após decolar neste domingo do aeroporto de Sochi, no Sul da Rússia, com destino à base militar russa na Síria. Os corpos resgatados chegaram esta manhã a Moscou a bordo de um avião de transporte militar, segundo as agências de notícias do país.
De acordo com um comunicado divulgado na manhã desta segunda-feira pelo porta-voz do Exército russo, Igor Konanchenkov, as equipes trabalharam durante toda a noite e não pararam por um minuto na tentativa de encontrar os corpos.
Resgate
Os militares que participam da operação de resgate delimitaram a área de busca do avião que caiu e acreditam que irão localizar o aparelho ao longo do dia. Os especialistas determinaram a trajetória da aeronave e concluíram que ela caiu na água a seis quilômetros do litoral.
Acredito que hoje poderemos localizar o local onde está o avião no fundo do Mar Negro, afirmou aos jornalistas o comandante-em-chefe das Forças Aeroespaciais da Rússia, Viktor Bondarev.
Apesar de as caixas-pretas do avião não emitirem sinais de rádio para facilitar sua localização, Bondarev se mostrou confiante de que elas serão encontradas e poderão esclarecer as circunstâncias do acidente.
Segundo a imprensa do país, o ministro dos Transportes russo, Maxim Sokolov, descartou hoje um atentado terrorista entre as causas prováveis do acidente, e apontou para o estado técnico do aparelho ou uma falha de pilotagem como as duas versões prioritárias da investigação.
A aeronave foi fabricada em 1983 e, há dois anos, foi submetida a uma revisão geral. Desde então, o fabricante não tinha recebido dos proprietários do aparelho pedidos de manutenção técnica nem de consertos.
A Rússia vive hoje um dia de luto nacional em memória das vítimas da tragédia aérea. As principais redes de televisão do país modificaram sua programação, da qual retiraram episódios humorísticos e outros de diversão.
(Com agência EFE e Estadão Conteúdo)VEJA.COM