A economia brasileira deverá encolher 1,1% neste ano, segundo uma nova previsão divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Mundial.
A organização reviu para baixo sua previsão para o Brasil para este ano. Em março, o Banco Mundial havia previsto um crescimento de 0,5%.
A projeção do banco Mundial contrasta com a do governo brasileiro. Em maio, o Ministério do Planejamento previu um crescimento de 1%.
A organização prevê uma recuperação do PIB do Brasil a partir do ano que vem, com um crescimento de 2,5% em 2010 e de 4,1% em 2011.
Segundo as previsões do Banco Mundial, a economia global deve cair 2,9% neste ano, com uma recuperação de 2% em 2010 e de 3,2% em 2011.
Relatório
As previsões fazem parte do relatório “Global Development Finance 2009”, que adverte para uma queda acentuada nos fluxos de capital para os países em desenvolvimento neste ano.
Segundo o relatório, a escassez de crédito decorrente da crise financeira mundial deve fazer o fluxo líquido de capitais para os países em desenvolvimento cair a US$ 363 bilhões neste ano, após ter atingido um pico de US$ 1,2 trilhão em 2007 e de já ter baixado a US$ 707 bilhões no ano passado.
O Banco Mundial adverte que “o risco de crises de balanço de pagamentos e reestruturações de dívidas corporativas em muitos países merecem uma atenção especial” e diz que a recuperação da economia global exige “uma rápida implementação de reformas” e um eventual afastamento dos governos da participação no sistema financeiro e a retomada do controle privado sobre o sistema bancário.
O relatório comenta ainda que os países da América Latina e do Caribe entraram na atual crise muito mais preparados do que em ocasiões anteriores, com fundamentos econômicos mais sólidos, mas que ainda assim foram bastante afetados por conta da queda nos preços internacionais das commodities e da fuga de capitais estrangeiros de fundos de investimentos.
A organização observa ainda que o sistema de câmbio flutuante adotado na maioria dos países da região ajudou-os a absorver grande parte do choque inicial da crise e evitar problemas nos seus sistemas financeiros mesmo com a queda nos mercados de capitais.
F.Online