A estiagem prejudicou a safra de milho em Nova Ubiratã, onde a safra do grão está em média 50% menor que a colhida em 2015, causando prejuízos significativos aos produtores que utilizam contratos futuros com as trades para venda da commodities. Preocupados com o impacto negativo na economia local, onde já foi declarada situação de emergência municipal, produtores rurais recorreram ao deputado Dilmar Dal’ Bosco (DEM) para dar visibilidade ao problema e pedir apoio dos Poderes Legislativo e Executivo Estadual.
A quebra da safra impede que os produtores honrem com a quantidade de sacas acordadas em contrato com as trades. Segundo o Sindicato Rural de Nova Ubiratã, neste ano a área plantada de milho no município foi de 250 mil hectares, sendo que a expectativa era de uma safra de aproximadamente 22,5 milhões de sacas do grão. Agora, durante a colheita, este número ficará em torno de 11,25 milhões de sacas.
“A média da colheita no município está sendo de 45 sacas por hectare, a metade do ano passado. A maioria dos produtores fechou contratos acreditando que iriam colher pelo menos 70 sacas. Agora não temos o produto para entregar”, pontuou o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Nova Ubiratã, Albino Castilho Ruiz.
No caso onde o produtor não entrega o total de sacas contratadas, a trade deve ir ao mercado e comprar o restante. Quando isso acontece, é exigido do produtor o pagamento da diferença entre o valor contratual e o atual, no caso, R$ 10 por saca aproximadamente. “Quando negociamos a safra em 2015, o valor da saca era de R$15, hoje está sendo comercializada a R$ 25. Precisamos que os Poderes nos ajudem a sensibilizar as trades, para que não haja quebra geral na economia da região”.
O município de Nova Ubiratã teve decretada situação de emergência nas áreas afetas pela estiagem ainda no mês de março. O decreto se fez “necessário devido a anormalidade decorrente da irregularidade significativa, na distribuição temporal e espacial de chuvas no território do município, o que deve afetar diretamente a economia local”, diz trecho do documento.
“Os produtores de Nova Ubiratã estão pedindo ajuda do governo para negociar a situação de uma forma onde eles continuem existindo. O valor da multa somado ao valor pago pela diferença de preço da saca pode representar a falência da maioria dos produtores da região. Quem arrenda a terra já vê como certa a decisão de deixar a atividade. Eu vou buscar saídas negociadas para que a atividade econômica que mantém a região continue ativa e gerando empregos em Nova Ubiratã”, destacou Dilmar Dal’ Bosco.