O prazo para inscrição dos candidatos a reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) terminou no final da tarde de sexta-feira dia 1 de fevereiro.
A comissão eleitoral recebeu a inscrição de quatro candidatos que solicitaram o registro de suas candidaturas e apresentaram toda a documentação exigida.
No dia 7 de fevereiro, a comissão eleitoral divulga a homologação das chapas que estão aptas para disputar a eleição. A campanha dos candidatos deverá iniciar oficialmente após a data da homologação das candidaturas.
O professor do Departamento de Economia João Eduardo de Resende foi o único que solicitou o registro de sua candidatura para o cargo de reitor sem apresentar o seu candidato a vice. Resende ingressou na universidade em 1971, é muito respeitado na comunidade acadêmica e deixou claro que não pretende fazer campanha antes da comissão eleitoral homologar a sua candidatura.
A professora Maria Lúcia Cavalli Neder, é a única mulher que vai disputar este ano a eleição para o cargo de reitora. Ela solicitou o registro da sua candidatura na quarta-feira dia 30 de janeiro e apresentou como candidato a vice-reitor na sua chapa, o professor da Faculdade de Ciências Médicas, Francisco José Dutra Solto.
Segundo Maria Lúcia, o candidato a vice-reitor da sua chapa é considerado pela comunidade um profissional sério, muito respeitado e tem perfil empreendedor para atuar na área da educação.
O candidato a reitor João Pedro Valente, da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMEV), apresentou como seu vice o professor Germano Guarim Neto do Instituto de Biociência.
Valente ingressou na carreira docente em 1985, já foi diretor da FAMEV, por dois mandatos e atualmente vem se dedicando ao ensino e pesquisa. Ele já deu início a sua campanha, visitou praticamente quase todos os institutos e faculdades da UFMT e com ajuda do grupo que está apoiando a sua candidatura começou a elaborar a proposta de trabalho.
Outro candidato de peso é o professor e atual diretor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) Domingos Tabajara de Oliveira Martins, que inclusive já deu início a sua campanha deste o ano passado. Ele apresentou como seu candidato a vice na sua chapa, o professor do Departamento de Engenharia Civil, João de Deus Guerreiro Santos.
A indicação do engenheiro foi feita pelo grupo que apóia a candidatura do professor Domingos Tabajara, que já manifestou total oposição a atual administração do reitor Paulo Speller.
Esta é a primeira vez na história da universidade federal que quatro candidatos registraram suas chapas para disputar o cargo de reitor. A expectativa é de que a eleição seja realizada em dois turnos, o primeiro no dia 18 de abril e o segundo 13 de maio.
A escolha é feita através da realização de uma consulta informal e a homologação da chapa vencedora deverá acontecer em uma assembléia a ser realizada no período máximo de duas semanas após a eleição. Logo em seguida o resultado é repassado para Colégio Eleitoral Especial na reitoria que elabora uma lista tríplice e no segundo semestre deste ano encaminha ao presidente da república que homologa o candidato escolhido pela comunidade universitária.
Quando a consulta informal foi criada pela UFMT, na década de 80, foi feito um acordo no qual o governo federal passou a respeitar a indicação da comunidade universitária. A universidade Federal foi a primeira no país a implantar a consulta informal para escolha do reitor e hoje o sistema está sendo utilizado em todas as universidades federais brasileiras.
A consulta é realizada através de eleição direta eletrônica com urnas fornecidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e cada seguimento da comunidade universitária – docentes, servidores técnico-administrativos e alunos – tem um peso de 1/3 dos votos. A proporção foi estabelecida para que cada um dos seguimentos possa ter o mesmo peso na eleição.
Todo processo eleitoral é organizado por uma comissão formada por representantes indicados pelos Sindicatos dos docentes (ADUFMAT), Sindicato dos Servidores técnico-administrativos (SINTUF/MT) e Diretório Central dos Estudantes (DCE). Cada instituição indica o nome de pelo menos cinco representantes para participar da comissão.
