quinta-feira, 21/11/2024
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Quatro assassinatos em menos de 36 horas na grande Cuiabá

A polícia registrou quatro assassinatos nas últimas 36 horas na Grande Cuiabá. No período de quarta-feira à noite até a manhã de ontem, três homens e uma mulher foram executados, sendo que três casos foram registrados em Cuiabá e um ocorreu em Várzea Grande. Das quatro vítimas, duas foram executadas a facadas. A Delegacia de Homicídios já esclareceu três casos, sendo que em um deles o autor foi preso em flagrante.

O último homicídio ocorreu ontem de manhã, às margens do rio Cuiabá, próximo ao cais, cerca de 500 metros abaixo da ponte Júlio Müller. O guardador de canoas Cid Sampaio Gorgete, de 36 anos, foi morto com uma facada no tórax e jogado no rio. O crime ocorreu próximo a um barraco rústico de lona onde ele morava às margens do rio Cuiabá, entre o cais e a ponte Júlio Müller.

Segundo policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o principal suspeito do crime é um homem conhecido como “Paraguaio”, que dividia a mesma lona com Cid, onde eles acomodavam uma cama e uma mesa. Paraguaio desapareceu após o crime, mas deixou a faca fincada numa árvore.

“Ele (Paraguaio) foi visto ontem (anteontem) à tarde e no início da noite. O crime teria ocorrido, no máximo, no início da madrugada”, segundo explicou o delegado Henrique Meneguelo, de plantão na DHPP. Para o delegado, não resta dúvidas de que Paraguaio está envolvido.

Próximo da lona, os policiais encontraram oito garrafas vazias de cachaça. Havia manchas de sangue num dos colchões. A vítima tinha sido arrastada para o rio. “O cadáver foi deixado a cerca de dois metros da margem do rio, enroscado numa árvore”, explicou um dos bombeiros chamados para o resgate.

De acordo com as investigações, Cid trabalhava há dois anos cuidando das canoas de pescadores que ficam ancoradas no cais. Com a cheia do rio, há duas semanas ele se mudou para um ponto um pouco distante, armando a lona e colocando debaixo dela os colchões e alguns utensílios domésticos, além de um fogão para cozinhar.

Anteontem de manhã, o cadáver do trabalhador braçal José Martins da Silva, de 48 anos, foi localizado num local ermo e de difícil acesso no bairro Passagem da Conceição, em Várzea Grande.

Morador do bairro Santa Isabel, ele estava desaparecido desde a segunda-feira à tarde, após sair de sua casa para buscar iscas às margens do rio Cuiabá. Familiares chegaram a registrar queixa no setor de desaparecidos da DHPP.

Os policiais suspeitam que o braçal tenha sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), pois ele sempre andava com uma espingarda calibre 22 e a arma desapareceu.

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Parmenas Alt
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