No começo do mês, 50 pessoas foram presas na Operação Pasárgada da Polícia Federal. A ação foi resultado de oito meses de investigação e revelou um esquema de corrupção envolvendo poderosos de Minas Gerais e da Bahia. A estimativa é que cerca de R$ 200 milhões do Fundo de Participação dos Municípios foram desviados.
A Corte Especial do Tribunal
Regional da 1ª Região (Brasília) atendeu recurso dos advogados do juiz federal capturado e determinou a soltura de todos os presos. Os desembargadores alegaram que houve um “erro processual”, já que o juiz corregedor-geral Jirair Mequeriam, que havia autorizado as prisões, não tinha autoridade para tomar a decisão sozinho “uma vez que a atuação dele é meramente administrativa.”
O único prefeito que permaneceu preso é o de Juiz de Fora, Carlos Alberto Bejani (PTB). Entre os pertences dele, foi encontrada uma arma de uso exclusivo do Exército, o que é crime.
A agilidade na soltura dos poderosos gerou revolta entre os demais detentos. De acordo com o subsecretário de Administração Penitenciária de Minas Gerais, Genilson Zeferino, a soltura desestabilizou o sistema prisional. Segundo ele, os internos protestaram bastante após a notícia da liberação se espalhar. Entre os gritos, muitos reclamaram que “só os pobres ficam presos no Brasil”.
Com informações do Hoje em Dia/F.U