Os seguranças da Pontifícia Universidade Católica (PUC) no Rio de Janeiro foram autorizados a fotografar quem estiver fumando maconha no câmpus e não quiser se identificar. A medida foi tomada para evitar que pessoas estranhas entrem na instituição para usar droga e também para impedir que alunos flagrados burlem a fiscalização, dizendo que não estudam ali.
A nova prática foi adotada um mês depois de a PUC-SP decidir aumentar a fiscalização em torno dos usuários de maconha. O vice-reitor de Assuntos Comunitários da PUC-Rio, Augusto Sampaio, explicou que a instituição tem um procedimento para casos de alunos flagrados com a droga – eles são encaminhados para a Vice-Reitoria de Assuntos Comunitários e orientados.
Em caso de reincidência ou de reação mais agressiva, o estudante passa por uma comissão disciplinar e pode ser punido com suspensão.
“O problema é que muitos alunos começaram a dizer que não estudavam na PUC. Temos um câmpus aberto, que funciona das 6 da manhã às 11 da noite. Não podemos permitir que funcione como um ponto de uso de drogas. Se não é aluno, será fotografado e impedido de retornar à universidade. Se for aluno e estiver mentindo, o que descobriremos com a imagem, será punido duplamente”, afirmou.
PUC-SP
Após a direção da PUC-SP anunciar uma ofensiva contra os usuários de drogas no câmpus de Perdizes, na zona oeste da capital, o número de pessoas abordadas por fumarem maconha caiu até 80%. Antes do início da campanha, dez estudantes eram abordados diariamente pelos seguranças da universidade.
Agora, a média é de duas pessoas por dia. “Houve uma sensível redução de abordagem depois que passamos a conscientizar os alunos a não fumar maconha na universidade”, disse o pró-reitor de Cultura e Relações Comunitárias da PUC, Hélio Roberto Deliberador.