Depois de longas negociações com o PMDB, o PT recebeu a notícia da coligação com o PPS demonstrando tranqüilidade. “Eu respeito os partidos e as lideranças, porém a decisão tem que ser combinada com o povo”, declarou a senadora Serys Marly (PT), pré-candidata ao governo de Mato Grosso. Sem o PL e o PMDB, os petistas devem sair coligados apenas com o PCdoB, aliado histórico do partido.
A convenção petista acontece hoje, às 19h, na Fiemtec, no bairro do Porto. Porém o encontro de delegados do PT, realizado no domingo na Capital, ratificou o nome da senadora para o governo do Estado. O encontro tem o peso de uma convenção.
Apesar da coligação entre PMDB e PPS, Serys acredita que o PT terá apoio de vários partidos para a campanha de reeleição do presidente Lula. “Vamos disputar, seja para ganhar ou seja para perder, o importante é o processo democrático”, afirma a senadora.
Os petistas tentaram de tudo para uma coligação com o PMDB. Líderes nacionais se reuniram em Brasília com os dirigente locais do partido. Também ocorreu reunião conjunta do PT e do PMDB. À imprensa, as lideranças das duas legendas davam como certa uma coligação.
A estrutura de um grande partido como o PMDB era considerada fundamental para o fortalecimento da campanha. Os petistas ficaram sem alternativas. A aposta no PL acabou sendo em vão. Com a ida do PMDB para o palanque da base governista, os liberais decidiram seguir juntos, sobretudo por conta de uma aliança proporcional na chapa para deputado federal.
O deputado federal Carlos Abicalil (PT) recebeu a notícia da coligação dos adversários ontem, um pouco antes das 16h. “A decisão foi no voto e nos informaram também que não irão apoiar a candidatura de Jaime Campos para o Senado”, disse Abicalil, com relação ao respaldo do PMDB ao palanque do governador.
Além do PCdoB, o PT deve ter no palanque o apoio do PT do B. Sem o PMDB e o PL, os petistas hoje vão passar o dia mobilizados na composição da chapa majoritária. Isso porque a agremiação havia deixado em aberto as vagas de vice e ao Senado às composições com outras legendas.
Apesar do PT seguir em Mato Grosso praticamente isolado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá o apoio de PMDB, PTB e PL. Lideranças de outras legendas, como o PP, também vão apoiar a reeleição do presidente da República.
Até prefeitos do PPS já manifestaram apoio ao candidato do PT, que terá em Mato Grosso um comitê suprapartidário.
DC