quinta-feira, 07/11/2024
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PT multiplica gastos com pesquisas em ano eleitoral

Executiva nacional do PT gastou, até o momento, três milhões de reais com sondagens; no ano passado, foram 680 mil – valor 4,4 vezes menor

A executiva nacional do PT – presidida por Gleisi Hoffmann (foto) – multiplicou os seus gastos com pesquisas eleitorais ao longo do ano de 2024. Segundo as prévias das prestações de contas da sigla, até o momento o partido gastou 3 milhões de reais com análises de cenários; em todo o ano de 2023, esse tipo de gasto foi de 680 mil reais.

O maior gasto até o momento foi com o Instituto Ver Pesquisa e Comunicação. Somente com esse fornecedor, o partido dispendeu 2,6 milhões de reais; o instituto Pires Pimentel arrematou 205 mil reais e o Instituo Opnus outros 154 mil reais.

O Instituto Ver tem como um de seus diretores o cientista político Malco Camargos, professor da PUC Minas, que constantemente é ouvido pelo próprio PT para fazer análises sobre o cenário eleitoral envolvendo o partido.

Em julho deste ano, em entrevista ao site do PT, Camargos afirmou que o partido sairá “maior do que entrou” das eleições de 2024.

“O fato de o Brasil hoje ser governado por alguém que é de esquerda acaba dando uma narrativa para candidatos de esquerda que é: ‘eu tenho mais acesso ou mais capacidade de fazer as nossas demandas chegarem ao governo federal’. Isso significa acesso a recursos para implementação de políticas públicas. Isso pode, sim, fazer a diferença”, chegou a afirmar.

Todos os gastos do partido levantados por O Antagonista ocorreram antes do período eleitoral. Isso afasta a contabilidade criativa adotada por algumas siglas de não registrar gastos de caráter eleitoral nas despesas da executiva nacional – uma prática considerada crime eleitoral.

Esquerda e PT com dificuldades nas eleições deste ano

Os candidatos de esquerda são os mais rejeitados nas disputas pelas prefeituras das capitais nesta eleição municipal, aponta levantamento feito pelo jornal O Globo com base em dados de pesquisas feitas pelo instituo Quaest.

Dos 25 candidatos mais rejeitados em 24 disputas de capitais, dez são de partidos de esquerda. O jornal considerou entre os mais rejeitados quem tem mais de 40% de reprovação. Sete candidatos de direita aparecem nessa lista, e os outros oito são considerados de centro.

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O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL), tem apenas 15% das intenções de voto na pesquisa Quaest e 69% de rejeição. Ele enfrentou uma crise na coleta de lixo que tornou praticamente inviável sua reeleição.

Fake news?

Em Porto Alegre, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS, foto) aparece logo atrás do prefeito Sebastião Melo (MDB) nas pesquisas de intenção de voto, em empate técnico, mas ostenta uma rejeição de 48%.

“Tem uma rejeição que é a rejeição ao PT, de uma parcela conservadora; o resto são as fake news. Nós vamos trabalhar quem é Maria do Rosário de verdade e estamos muito confiantes que, mostrando seus atributos, vai reduzir [a rejeição]”, disse Cícero Balestro, coordenador da campanha da deputada, a O Globo.

O ex-deputado federal Marcelo Ramos é outro petista com 48% de rejeição. Ele disputa a Prefeitura de Manaus. Já o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) aparece com 45% de reprovação na disputa pela Prefeitura de São Paulo, mais do que os 39% do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e os 35% do influenciador Pablo Marçal (PRTB).

Fonte:O Antagonista

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Parmenas Alt
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