O Partido Socialista Brasileiro (PSB) informou nesta quarta-feira (11) ter entrado com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a presidente Dilma Rousseff pelopronunciamento exibido nesta terça (10) sobre a Copa do Mundo.
Na ocasião, a presidente afirmou que os "pessimistas já entram perdendo" com o início do Mundial e falou sobre os investimentos do governo federal na saúde e educação nos últimos anos, além de rebater acusações de que o governo havia retirado recursos dessas áreas para a construção de estádios para a Copa.
Em nota, o PSB informou considerar que o pronunciamento da presidente configurou campanha eleitoral antecipada. Na avaliação do partido do pré-candidato à Presidência Eduardo Campos, Dilma fez "promoção eleitoral" de suas realizações à frente do governo por meio de "ataque político" aos adversários.
"O pronunciamento realizado pela representada consubstanciou propaganda política da presidente da República em flagrante infringência à legislação eleitoral", diz o PSB na representação. Segundo o partido, trata-se de "grave desvio de recursos públicos para a realização de uma propaganda política absolutamente imprópria em ano que a presidente disputa a sua reeleição".
Após a exibição do pronunciamento, o PSDB divulgou nota na qual afirmou que Dilma não entendeu as mensagens das ruas, nas manifestações com críticas aos atrasos nas obras e gastos do governo para o evento, e que usou o espaço para fazer "acintosa e ilegal campanha eleitoral".
Ministro defende Dilma
Em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto nesta quarta, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante defendeu a presidente Dilma e afirmou que o pronunciamento se tratou de instrumento da presidente para falar aos brasileiros sobre a importância da realização da Copa do Mundo no Brasil, o legado do evento, as obras de mobilidade urbana e de construção e ampliação de aeroportos.
Para o ministro, assim como havia dito a presidente no pronunciamento, a Seleção Brasileira de futebol está acima de partidos, políticos e governos.
Filipe MatosoDo G1, em Brasília