Estudantes universitários e secundaristas, sindicalistas, representantes de
movimentos de igreja e comunitário protestam hoje em Cuiabá contra o aumento da tarifa do transporte.
Os manifestantes também buscam a última
assinatura para que o decreto legislativo seja colocado em votação em regime de urgência especial na Câmara de Vereadores, podendo derrubar o aumento determinado pelo prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB).
É a terceira manifestação em três semanas consecutivas após o prefeito ter, de forma irresponsável, majorado a tarifa de R$ 1,85 para R$ 2,05. Para que o decreto legislativo entre em votação em regime de urgência especial é
necessário pelo menos 13 assinaturas dos 19 vereadores.
Até o momento existem 12 assinaturas. O vereador Nona, do PSDB, foi o que aderiu mais
recentemente.
A concentração do protesto está marcada para a praça Bispo, no centro de Cuiabá, a partir das 9h30. Durante a passeata pelo centro haverá a
distribuição de um manifesto contra o aumento assinado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), Pastorais Sociais da igreja, Sintep (Sindicato dos Trabalhadores na Educação), Femab (Federação Mato-grossense das
Associações de Moradores de Bairro), CLTP e UNE (União Nacional dos Estudantes).
“Essa manifestação é contra esse aumento absurdo, que afeta o bolso do pai de família. Muitos pais e mães não podem protestar porque estão trabalhando ou estão procurando serviço. Por isso é uma obrigação e um ato de cidadania
lutar em defesa da família, que já é tão castigada”, disse Felipe Torquato, estudante de Ciências Sociais da UFMT.
“Além disso, tem muito estudante que estuda e trabalha pra ajudar no sustento da família. Por isso é justo protestar. Por isso chamamos todo
mundo para dizer não ao aumento e pressionar os vereadores a derrubarem a majoração”, completou.
O historiador Eduardo Mattos acredita que este é o momento de toda a sociedade se unir num só objetivo: derrubar o aumento da tarifa.
“E o caminho mais evidente é o de pressionar os vereadores que ainda não assinaram para que assinem o decreto legislativo e depois votem pela derrubada da majoração. Afinal, os vereadores foram eleitos pelo povo, por
isto devem atender o povo. E o povo quer a anulação do aumento”, afirmou.
Afinal, a CPI do Transporte comprovou o superfaturamento da tarifa, assim como estudos do Sindicato dos Contabilistas de Mato Grosso. Além disso, a CPI comprovou que não havia divida contabilizada da prefeitura com os
empresários do transporte em relação ao passe livre.
Também a CPI apontou a necessidade de cassar as concessões das Age, Pantanal, Nova Cuiabá, Norte
Sul e Princesa do Sol por graves desrespeitos aos contratos entre as empresas e o poder público.
Mais informações: Eduardo (9901-8506), Fábio Ramirez (9226-1487)