Protestos de caminhoneiros, contra o rodízio que entrou em vigor nesta segunda-feira à categoria, provocam congestionamento na Marginal Tietê. Durante a manifestação, os caminhoneiros chegaram a deitar no asfalto parando o trânsito na via expressa da Marginal Tietê, na altura da Ponte da Vila Guilherme.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), os dois protestos se encontram na Marginal Tietê. O primeiro está próximo a ponte Cruzeiro do Sul, sentido Castello Branco, na transposição da pista expressa para a local. No trecho, 50 caminhões estão causando 5.8 quilômetros de congestionamento.
Na segunda manifestação, 60 caminhões estão próximos da ponte das Bandeiras, sentido Ayrton Senna, rumo ao acesso para Anhembi. No trecho, são 5.5 quilômetros de congestionamento.
A CET informou que são 50 caminhões na Marginal Tietê. Eles trafegam em baixa velocidade pela faixa da esquerda da pista local. Ao todo, a lentidão na capital soma 73 quilômetros.
O presidente do Sindicato dos Condutores em Transportes Rodoviários de Cargas Próprias de São Paulo (Sindicapro), Almir Macedo Pereira, espera reunir 500 caminhões no protesto.
Pelas novas regras, os veículos grandes ficam proibidos de circular em uma área de 100 quilômetros quadrados das 5h às 21h. Fica instituído ainda um rodízio para caminhões de até 6,3 metros de comprimento no mesmo horário. Veículos com placas pares circulam em dias pares e com placas ímpares, em dias ímpares. Veja o vídeo com mais explicações sobre as novas regras.
A proibição de circulação não vale para a Marginal Tietê, por onde passa a carreata, mas vale para a área central da cidade, onde fica a Prefeitura. Mesmo assim Pereira diz não temer as multas de R$ 85,13 por circular em local e horário proibido durante o protesto. “Estamos exercendo nosso direito de manifestação. É ditadura nos multar.” Os motoristas podem ser autuados de duas em duas horas, o que somaria oito infrações, 32 pontos na carteira e R$ 681,04 de multa.
O sindicato quer convencer o prefeito Gilberto Kassab (DEM) a “repensar” as restrições. Pereira espera que o paulistano entenda o protesto, mesmo que ele piore o já complicado trânsito da cidade. “O pessoal não pode ficar bravo com a gente. Fomos prejudicados e o prefeito precisa nos ouvir.” Depois da carreata, os diretores do sindicato vão se reunir para planejar novos protestos para esta semana.
