O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, respondeu hoje que a idéia do presidente Lula de, após as eleições, convocar uma assembléia constituinte exclusiva com o intuito de votar uma reforma política, não tem “pé nem cabeça”. A possibilidade foi fortemente criticada pelo tucano. “Não vejo o menor sentido nisso. Precisamos sim ter estabilidade das regras”.
A assessoria de imprensa do Ministério das Relações Institucionas foi procurada pelo Terra para comentar as declarações do candidato do PSDB, mas até o momento não foi encontrada.
A idéia da constituinte foi apresentada hoje pelo ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, após o presidente Lula receber um grupo de juristas com propostas para melhorar o desempenho das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI).
Alckmin concordou que as CPIs são um instrumento muito poderoso e importante nas investigações do Congresso, mas que não devem ser usadas como instrumento político. “Não temos que mudar a forma da investigação e sim a conduta”, disse o candidato.
Sobre as propostas dos juristas, como, por exemplo, as CPIs terem um foco específico e um fato determinado, o tucano disse que não se pode limitar os poderes de investigação. “O que estimula a corrupção é a impunidade”, completou Alckmin.