Promotoria espanhola pede dois anos de prisão para Neymar

A Promotoria espanhola pediu nesta quarta-feira pena de dois anos de pris&atildeo e pagamento de multa de 10 milh&otildees de euros (cerca de 35 milh&otildees de reais) para Neymar e cinco anos para o ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell por crimes de corrup&ccedil&atildeo e fraude na contrata&ccedil&atildeo do atacante. A queixa foi realizada pelo fundo brasileiro DIS, que possu&iacutea 40% dos direitos federativos do jogador, vendido do Santos ao Barcelona em 2013. No processo, a empresa havia solicitado pena de cinco anos de pris&atildeo ao jogador.

No documento que consta a acusa&ccedil&atildeo, o promotor da Audi&ecircncia Nacional Jos&eacute Perals pediu o arquivamento da causa contra o presidente do Barcelona, Josep Mar&iacutea Bartomeu, por falta de ind&iacutecios contra o dirigente, e reivindicou o pagamento de 8,4 milh&otildees de euros de multa para o clube espanhol e 7 milh&otildees de euros para o Santos.

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As autoridades tamb&eacutem solicitaram dois anos de pris&atildeo para o pai e empres&aacuterio de Neymar e um ano para sua m&atildee, Nadine, ambos pelo crime de corrup&ccedil&atildeo, al&eacutem da mesma multa de 10 milh&otildees de euros imposta ao jogador. A empresa da fam&iacutelia, N&ampN tamb&eacutem ter&aacute que pagar multa de 1,4 milh&atildeo de euros, se condenada.

Em julho, o Supremo Tribunal da Espanha havia arquivado o processo contra Rosell, Neymar e seus familiares, ao considerar que as condutas denunciadas pelo DIS, apesar de sua repercuss&atildeo esportiva, &eacutetica e disciplinar, n&atildeo se encaixam em um procedimento penal. O processo, por&eacutem, foi reaberto no in&iacutecio deste m&ecircs. Neymar est&aacute na Esc&oacutecia, onde o Barcelona enfrenta o Celtic nesta quarta-feira, pela quinta rodada da Liga dos Campe&otildees.

Entenda o caso

Neymar e Sandro Rosell, na apresenta&ccedil&atildeo (Europa Press/Getty Images/Getty Images)

Neymar e seus familiares s&atildeo alvos de processos na Espanha e no Brasil. O caso que pode lev&aacute-lo &agrave pris&atildeo, tratado pela imprensa espanhola como Neymar 2, se refere &agrave quantia que o fundo de investimento DIS teria direito a receber com a transfer&ecircncia, pois detinha 40% dos direitos do jogador.

Inicialmente, o Barcelona informou que o neg&oacutecio custou ao clube 57,1 milh&otildees de euros (cerca de 249,5 milh&otildees de reais na &eacutepoca). Oficialmente, o Santos recebeu 17,1 milh&otildees de euros (cerca de 74,8 milh&otildees de reais). Depois, o clube catal&atildeo admitiu que gastou 86,2 milh&otildees de euros (pouco mais de 364 milh&otildees de reais). Mas o clube espanhol alega que pagou 40 milh&otildees de euros de indeniza&ccedil&atildeo &agrave empresa N&ampN, da fam&iacutelia de Neymar.

Inicialmente, o tribunal concluiu que o dinheiro que a DIS reclamava representava sal&aacuterios e b&ocircnus acertados, e n&atildeo o valor da transfer&ecircncia. O grupo, no entanto, manteve as den&uacutencias contra Barcelona, Santos, Neymar e seus familiares.

Outras den&uacutencias &ndash O outro processo, Neymar 1, se referia aos impostos pagos pelo Barcelona sobre a contrata&ccedil&atildeo do brasileiro e foi encerrada em junho com um acordo entre o clube e a Justi&ccedila espanhola. O Barcelona admitiu delitos fiscais entre os anos de 2011 e 2013 e pagou uma multa de 5,5 milh&otildees de euros (cerca de 20 milh&otildees de reais pela cota&ccedil&atildeo atual). Neymar e seus familiares tamb&eacutem respondem &agrave Justi&ccedila brasileira a acusa&ccedil&otildees de fraudes fiscais.

(com ag&ecircncia EFE) VEJA.COM