Unir dança e Matemática. É o que vem fazendo a professora Jane Barros da escola municipal “Irenice Godoy de Campos Silva”, no bairro Jardim Imperial. Desde o último mês de maio, ela vem desenvolvendo a atividade que integra o projeto pedagógico “Escola Legal”. “Ao longo da semana, sempre após o período de aulas, reúno os alunos da 5ª série para ensaiarmos algumas músicas”, explica. Jane conta que de lá para cá, está sendo notório a melhoria do desempenho das crianças na disciplina por ela ministrada: Matemática.
“Mais que melhorarem as notas em Matemática, os estudantes da 5ª série vêm apresentando ótimos rendimentos também nas demais disciplinas”, frisa o diretor da unidade Almindo Filho. Ele explica que o critério para que os alunos participem do grupo de dança é o rendimento escolar. “Quem não estuda, não pode participar. Mas ainda bem que todos têm se empenhado e melhorado as notas. Em função disso, são muitos os alunos aptos a ingressarem no grupo, assim, tenho que fazer uma espécie de rodízio entre eles”, completa a professora.
Para Jane, mais que elevar as notas, a atividade idealizada por ela está transformando, para melhor, o comportamento dos estudantes. “Eu tinha alunos extremamente introvertidos. Hoje, eles melhoraram o relacionamento com os outros colegas e são bastante participativos nas ações realizadas pela escola. O melhor de tudo é que os pais estão aprovando a nossa iniciativa e têm colaborado muito”.
O repertório e as coreografias ficam, quase sempre, a critério dos próprios integrantes do grupo. Atualmente, as crianças estão dublando o grupo mexicano “Rebelde” – sucesso entre o público infanto-juvenil brasileiro. De acordo com a aluna Nillyanne Souza Oliveira, 10, o grupo cover já fez mais de 10 apresentações pela cidade. “As pessoas pedem até autógrafos pra gente”, completa Mariane Oliveira Silva, 11.
Segundo a professora, o trabalho de dublagem do “Rebelde” deve continuar até o final do ano. “Afinal, são eles que decidem”. Se depender dos demais alunos da escola, a turma da 5ª série não vai precisar ensaiar outra coisa. “Eu gosto muito deles. Essa é a quarta vez que vejo eles dançarem”, comenta a aluna da 4ª série, Larissa Fernanda Coelho, 9.