quinta-feira, 21/11/2024
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Projeto leva conhecimento por meio de fósseis à mais de 4 mil estudantes em Mato Grosso 

“A exposição itinerante “Fossil Go To School”, que contou com réplicas de fósseis, rochas e minerais, atendeu escolas situadas em cidades e comunidades próximas a importantes sítios paleontológicos e arqueológicos do estado de Mato Grosso” 

Nos últimos dois meses deste ano, o Projeto “Fossil Go To School” levou para nove escolas do estado de Mato Grosso uma exposição itinerante que conta a história do planeta, a evolução da vida na Terra, o surgimento do homem e uso dos recursos naturais. Essa ação, que rodou mais de 1.000 quilômetros, alcançou mais de 4.000 estudantes e quase 250 professores. 

Entre os locais visitados estão comunidades rurais, indígenas, quilombolas e escolas urbanas próximas a importantes sítios paleontológicos, situados nos municípios de Rosário Oeste, Jangada, Barra do Bugres e Chapada dos Guimarães, além de escolas na capital, Cuiabá. 

A aldeia indígena Umutina, em Barra do Bugres, a cerca de 200 km de Cuiabá, foi uma das comunidades visitadas. Para Márcio Monzilar, coordenador da Estadual Indígena Jula Paré, foi um privilégio receber a exposição itinerante. “Foi muito significativo receber o Museu aqui na nossa escola. A atividade mobilizou toda a aldeia. Tivemos uma oportunidade única para ver de perto fósseis que contam um pouco mais sobre história do planeta, dos nossos antepassados. E, a história aqui da nossa região”, revela Monzilar. 

Segundo o geólogo e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Caiubi Kuhn, o objetivo deste Projeto foi encurtar a distância entre o conhecimento científico e as comunidades escolares mato-grossenses localizadas próximas a sítios com ocorrência de fósseis. Ainda de acordo com Kuhn, com as réplicas táteis, outro objetivo era contemplar as pessoas com deficiência visual.  

“Nós superamos todas as expectativas iniciais do projeto tanto em número de pessoas alcançadas, quanto em democratização do acesso aos acervos do Museu de História Natural de Mato Grosso. Foi emocionante acompanhar o encantamento das pessoas com deficiência visual ao ter acesso às coleções científicas. Para muitas delas, esta foi a primeira experiência museal”, conta.  

De acordo com a curadora do Museu de História Natural de Mato Grosso, Vitória Ramirez Zanquetta, ações e parcerias como esta vão de encontro com a missão da instituição. “Por meio desse projeto de divulgação científica desenvolvido em parceria com a UFMT, ajudamos a diminuir o hiato entre o conhecimento científico e a sociedade. Conhecer é o primeiro passo para preservar”, afirma. 

Kuhn completa: “Por meio desse projeto, foi possível fortalecer o ensino tanto nas escolas urbanas, quanto nas escolas rurais e em comunidades tradicionais – quilombolas e indígenas. Conseguimos sensibilizar essas comunidades sobre a importância da preservação dos sítios paleontológicos localizados próximos delas”. 

O Projeto “Fossil Go To School” foi desenvolvido pelo Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (ECOSS), em parceria com o Museu de História Natural de Mato Grosso, professores e estudantes do curso de Engenharia de Minas da UFMT. Esse projeto contou com recursos da The Palaeontological Association e suporte da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (SECEL). 

Thiago “Zina” Crepaldi – Assessor de Imprensa do Museu de História Natural de Mato Grosso. 

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Parmenas Alt
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