quinta-feira, 21/11/2024
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Projeto de lei denomina Distrito Industrial de Cuiabá, “Totó Paes”

O Distrito Industrial localizado no bairro de nome homônimo, passará à denominação de Antônio Paes de Barros (Totó Paes), a partir da aprovação do projeto de lei do presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Lutero Ponce de Arruda (PP), em última fase de votação, pelos parlamentares.

Para Lutero a homenagem ao ex-presidente do Estado, considerado o “pai da indústria” de Mato Grosso, embora tardia, não pode deixar de ser feita sob a pena de “grande injustiça” com o estadista, que foi ao mesmo tempo um político de vanguarda e um empresário de sucesso, sem deixar de ter a sensibilidade necessária para com as questões sociais.

A morte do ex-presidente do Estado, Antônio Paes de Barros, o “Totó Paes”,
completou 100 anos no dia seis de julho de 2006. Para lembrar a data, uma
comissão formada pelo Governo do Estado, Secretaria de Estado de Cultura,
Instituto Histórico e Geográfico, 13ª Brigada do Exército e familiares,
realizaram uma solenidade religiosa e militar. A homenagem aconteceu no
campo de instrução militar da 13ª Brigada, na Rodovia que liga Cuiabá a
Chapada dos Guimarães, no Km 18, pelo fato de Totó ter sido morto a menos de quatro quilômetros dali.

Seguindo com o reconhecimento ao trabalho de Totó Paes, foi aberta a exposição “Antônio Paes de Barros – 100 anos depois”. A inauguração
aconteceu no Arquivo Público de Mato Grosso, na Avenida Getúlio Vargas.

Totó Paes presidiu Mato Grosso de 1903 a 1906, quando no dia seis de julho, conforme consta na história mato-grossense, ele foi morto por integrantes da milícia de Generoso Ponce, contra quem combateu na chamada Revolução de 1906.

Pecuarista, industrial, político e empreendedor, Totó Paes foi considerado o “pai da indústria” de Mato Grosso. Entre seus feitos de empreendedor, criou em 1896 a famosa Usina de Itaicy, uma ousada construção com tecnologia e equipamentos importados da Alemanha. Ali, além da poderosa produção de açúcar e álcool, Itaicy ficou famosa por sua estrutura social, econômica e cultural (tinha moeda própria), revolucionou inclusive, a relação patrão/empregados, outra ousadia para a época. Foi lá também que se instalou a primeira rede de energia elétrica de Mato Grosso e uma das primeiras do país.

O historiador, Paulo Pitaluga ressaltou a importância de resgatar a memória de Totó Paes. “Ele teve seu nome apagado da história de Mato Grosso”.
Segundo Pitaluga, a verdade sobre Totó começa a vir à tona. “Ele sempre foi um empresário e um político à frente de seu tempo. Já em 1903, quis
construir a Cuiabá-Santarém. Além disso, fez gestões para trazer a ferrovia para Mato Grosso. Quer dizer, ele tinha uma visão de estadista, uma visão político-estratégica”.

Para o historiador, resgatar a memória de Totó é resgatar uma importante página da história de Mato Grosso, pois a atual geração e as gerações
futuras têm o direito de conhecer as versões da história, inclusive a dos vencidos. “Totó Paes fez muito pelo desenvolvimento de Mato Grosso e sua memória não pode ser apagada apenas porque perdeu uma guerra”. Ele morreu lutando por seus ideais, explicou.

A Revolução de 1906 iniciou em maio do mesmo ano, por Ponce, em Corumbá. “Os comandos de Ponce foram tomando cidade por cidade até efetuar o cerco a Cuiabá. Para evitar um maior derramamento de sangue, Totó deixou Cuiabá, refugiando-se na fábrica de pólvora do Coxipó, cujo confronto resultou em sua morte”, conta o historiador.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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