Com as exportações em 2013 superando as 104 mil toneladas e movimentação financeira acima de US$ 100 milhões, o setor de base florestal em Mato Grosso aposta em um crescimento significativo nos próximos anos a partir da execução do programa de desenvolvimento florestal sustentável.
A expectativa é elevar a participação no Produto Interno Bruto (PIB) de MT dos atuais 5,4% para 6,5% até 2030, saltando de R$ 3,256 milhões para R$ 7,234 milhões ao ano. O setor de base florestal gera hoje mais de 20 mil empregos diretos em Mato Grosso, percentual que pode chegar a 65 mil em 15 anos.
Durante seminário de validação da elaboração do Programa de Desenvolvimento Florestal, esta manhã (30) na sede da Fiemt, o deputado José Riva (PSD) assegurou o apoio dos parlamentares a esta iniciativa que permitirá o aperfeiçoamento das atividades.
“É preciso efetivar este programa de incentivo para fomentar o setor e o parlamento está consciente da importância desta contribuição através das politicas de incentivo, para que o setor consiga atingir as metas esperadas”, disse Riva.
O deputado destacou que a Assembleia apoia os estudos que antecedem a implementação do programa, uma vez que a madeira é um produto nobre, mas que vem sendo desmerecido e pela sociedade brasileira. “Quem faz manejo florestal deveria receber um prêmio e não ser discriminado por trabalhar com o corte de madeira já que, na verdade, está contribuindo com a renovação destes recursos naturais”. Riva defendeu também a reestruturação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para atender os produtores com a agilidade necessária.
O parlamentar lembrou ainda que a Assembleia tem dado todo o apoio ao segmento florestal que é um dos mais tributados e que, além disso, enfrenta muitos entraves burocráticos que a gestão legislativa tem tentado resolver. Um deles, explicou Riva, foi a liberação do manejo somente com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), cuja lei foi aprovada há um mês faltando apenas a sanção do governador.
Potencial avaliado
Coordenado pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) em parceria com a secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), o estudo sobre o Programa de Desenvolvimento Florestal Sustentável (PDFS/MT) foi validado pelos participantes do seminário.
Com o PDFS, o setor de base florestal terá as potencialidades locais e regionais avaliadas, assim como a identificação dos fatores que interferem no desenvolvimento da cadeia produtiva, esclareceu o presidente do Cipem, Geraldo Bento. Dessa forma, será possível definir metas, ações e cronogramas de execução em parceria com o governo do Estado.
O programa prevê metas para o fortalecimento do setor até 2030. Uma das preocupações é com o reflorestamento e a intenção é chegar a 500 mil hectares de florestas plantadas. As projeções são animadoras e apontam para um faturamento anual próximo de R$ 7 bilhões ao ano. A estimativa aponta também para cerca de R$ 1 bilhão somente em arrecadação de impostos.
Uma das apostas do programa é a industrialização, como defendeu o presidente da Fiemt, Jandir Milan. “A indústria é o segmento que mais agrega empregos e gera renda e precisamos de uma politica de industrialização voltada para o setor de base florestal. Com este projeto que tem a participação das lideranças empresariais e o apoio de parlamentares como o deputado Riva, tenho certeza que Mato Grosso vai avançar”, disse Milan.