domingo, 22/12/2024
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Programa de Atenção Integral à Saúde da mulher atende mais de 400 em oito meses

Várzea Grande há oito meses saiu na frente ao elaborar e aplicar uma política de planejamento familiar. Desde outubro do ano passado até junho deste ano, 413 mulheres em idade fértil – menores de 20 anos a maiores de 35 – procuram aconselhamento sobre métodos anticoncepcionais na unidade de Planejamento Familiar da secretaria de Saúde do município, localizada no Centro de Especialidades Médicas, o Postão.

Como aponta a gerente do Programa de Atenção Integral à Saúde da mulher, Criança e do Adolescente de Várzea Grande (PAISMCA), Maria Alice Ramos, da cesta de dez métodos contraceptivos ofertados pela secretaria de Saúde – inclusive a vasectomia – os mais procurados são a laqueadura e o Dispositivo Intra-Uterino (DIU).

A gerente lembra que nesta cesta, o Município incluiu por iniciativa própria o implante intradérmico, o Implanom, e hoje é a única prefeitura do Estado a ofertar este método que fica sob a pele e dura três anos. “Vinte e seis mulheres já fazem uso do Implanom e outras 100 manifestaram – durante as entrevistas de aconselhamento – que querem aderir ao método”.

O implanom é uma espécie de cápsula que é colocada sob a pele por meio de uma incisão (corte). É considerado seguro e pode ser abandonado no momento em que a mulher desejar. O procedimento requer anestesia local, pois se trata de uma pequena cirurgia e na rede privada custa cerca de R$ 3 mil.

O secretário municipal de Saúde, Arilson Arruda, explica que essa opção adotada em poucas cidades brasileiras é inovadora em Mato Grosso e vai reduzir as filas de espera pela laqueadura, método considerado irreversível. “Trata-se de um avanço na saúde de Várzea Grande, pois somos a primeira cidade mato-grossense a adotar o método intradérmico, reforçando o compromisso do prefeito Murilo Domingos com a saúde”, destaca Arilson.

BALANÇO – Das 413 mulheres que procuraram o Planejamento Familiar, somente 15 desistiram do atendimento nestes últimos oito meses. A maior parte da demanda veio de mulheres entre 25 anos a 30 anos, foram 159. Em seguida está o grupo de faixa etária de 20 a 24 anos, com 134 atendimentos.

Do universo de mulheres atendidas, 26 já realizaram a laqueadura e outras 105 estão na fila de espera. Outras sete já estão utilizando o DIU, enquanto 42 aguardam a oportunidade. Com relação à utilização do Implanom, 26 já fazem uso do contraceptivo, enquanto 100 aguardam a vez.

Nestes três casos específicos, Maria Alice explica que a fila de espera não é causada pelo município. “Todos eles, assim como a vasectomia, são considerados métodos irreversíveis (vasectomia e laqueadura) ou de longo prazo como o DIU – que dura entre sete a dez anos – e o implamom, e por isso há um legislação do Ministério da Saúde que determina que a mulher ou o homem aguardem 60 dias para confirmarem a decisão por um desses métodos. Neste período são realizados exames e palestras que preparam o casal para escolha que está sendo tomada. E por isso, há uma fila de espera”.

Maria Alice destaca ainda que no caso do DIU a colocação do contraceptivo é bem peculiar e realmente depende da oportunidade. “A mulher tem de estar menstruada para receber o DIU”.

Mas, enquanto as mulheres e homens aguardam pelos métodos definitivos ou de longo prazo, o Planejamento Familiar oferta outros métodos como anel vaginal, anticoncepcional injetável, camisinhas masculina e feminina, pílula de emergência e a mensal.

Nestes oito meses, quinze mulheres fizeram o uso do anel vaginal, catorze do injetável, 32 de camisinha masculina, seis de camisinha feminina, duas recorreram à pílula de emergência e 23 estão utilizando a pílula mensal. “Quando é preciso lançar mão de métodos alternativos como esses, seja por qualquer razão, o Planejamento Familiar disponibiliza todos os meses o contraceptivo indicado à mulher ou mesmo ao homem”, frisa a gerente.

HOMENS – O atendimento total da unidade de Planejamento Familiar soma 447 em oito meses, foram 413 mulheres e 34 homens. “Foi uma grata surpresa contabilizar este número”, destaca Maria Alice. Ela lembra que todo o atendimento é feito por meio de demanda espontânea, ou seja, a procura vem das pessoas. Em muitos casos, ao acompanhar as esposas e participar do aconselhamento, muitos homens optaram pela vasectomia. “A princípio a mulher se submeteria à laqueadura, mas depois de obter informações sobre todos os recursos ofertados pelo Município, a decisão acabou sendo outra”, completa a gerente do PAISMCA.

Dos 34 homens atendidos, nove já passaram pela intervenção e 20 aguardam a cirurgia dentro daquele prazo estipulado pelo Ministério. Já cinco desistiram do processo. Deste contingente masculino, 15 integram o grupo entre 30 a 35 anos e 13 estão acima dos 35 anos.

SERVIÇO – A unidade de Planejamento Familiar de Várzea Grande funciona a partir das 13 horas no Postão. Quando a mulher ou o homem manifestam desejo por algum dos métodos, abre-se o processo que prevê além da consulta com o ginecologista, entrevista com psicóloga, enfermeira e assistente social. Todas as informações, inclusive as apuradas pelo médico, darão suporte à escolha do método que mais se adequa ao perfil da pessoa.

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Parmenas Alt
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