Em Assembleia Geral realizada na última terça-feira, 27, os docentes da UFMT decidiram por unanimidade pela adesão à paralisação nacional convocada para o dia 30 de agosto. Por esse motivo, não haverá aula nos campi de Cuiabá, Médio Araguaia e Sinop na sexta-feira. A paralisação nacional é convocada por oito centrais sindicais e está sendo organizada em ao menos 17 estados brasileiros.
A demanda local está relacionada à Resolução Consepe 158/2010, que regulamenta a carga horária dos docentes. Este ano houve um indicativo da Reitoria de que esta resolução poderia ser alterada, aumentando a carga horária dos professores em sala de aula de oito a 10 horas para 20 horas, e de 12 a 16 horas para 40 horas. A proposta também reduz o tempo para preparação das aulas de 1h30 para 1h e muda a dinâmica de orientação de alunos, causando sobrecarga laboral.
Em Assembleia anterior os docentes decidiram que, caso sejam encaminhadas estas alterações para votação no Consepe (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) será instaurada uma greve local.
Os professores também aderiram à pauta de reivindicações nacional, na qual consta a exigência de melhorias da qualidade e diminuição do preço dos transportes coletivos; 10% do PIB para a educação e 10% do orçamento para a saúde pública; redução da jornada de trabalho e o arquivamento do chamado “PL das terceirizações” (PL 4330), entre outros.
Na mobilização, a classe trabalhadora de todo o país volta às ruas para exigir mudanças na atual política adotada pelo governo, que adota políticas que retiram direitos dos trabalhadores e não garantem à população o acesso a serviços de qualidade na saúde, educação e transporte.
