quinta-feira, 07/11/2024
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Produtores rurais devem continuar monitoramento da lavoura para evitar ferrugem asiática

A palavra-chave quando se trata de ferrugem asiática é monitoramento. Foi o que afirmou o gerente institucional da Aprosoja, Nery Ribas, em uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta (20), na sede da Famato, em Cuiabá, para apresentar os dados do período de monitoramento do vazio sanitário da soja em Mato Grosso.
A entidade apresentou os números de um levantamento feito em todo o estado durante o vazio sanitário, período de 90 dias em que é proibido plantar soja em Mato Grosso. “Nesta entressafra choveu mais do que o normal e, com a presença de plantas guaxas, que são aquelas que nascem involuntariamente, os esporos do fungo da ferrugem sobreviveram. Isso faz com que a ferrugem estivesse viável neste início do período de plantio no estado”, destacou o coordenador da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Agricultura em Mato Grosso, Wanderlei Dias Guerra, que também participou da coletiva.

Apesar dos produtores estarem atentos, há muitas plantas guaxas em beira de estradas, em pátios de empresas onde a soja é descarregada e até em perímetro urbano. No levantamento, foram inspecionados 217 pontos e em 92% deles foi verificada a presença de soja guaxa verde e, em 85%, presença de ferrugem.

O gerente institucional da Aprosoja, Nery Ribas, ressaltou ainda que os produtores deverão ter um cuidado redobrado nesta safra “Agora os produtores precisam fazer o acompanhamento efetivo da lavoura diariamente e dar o tratamento adequado até o fim da safra”, explicou.

Este ano o período de chuvas foi maior, registrando, de maneira totalmente atípica, muitas chuvas até o mês de julho, após a colheita da soja, beneficiando o fungo que causa a ferrugem. Segundo o coordenador do Mapa, a ferrugem precisa de um tripé para se instalar e contaminar outras plantas: planta verde, presença do fungo e umidade para se proliferar. “Este ano encontramos estes três fatores. As plantas vivas, que são as plantas de soja guaxa, a presença do fungo no ar, que permaneceu após o período da colheita e a umidade necessária para o fungo se desenvolver, ocasionada pelo prolongamento das chuvas”, destacou Wanderlei Dias Guerra.

As regiões mais preocupantes, também de acordo com o estudo, são a Sul e a Oeste por causa da alta incidência de chuva este ano.

O coordenador de Defesa Sanitária Vegetal do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Ronaldo Medeiros, informou que foram vistoriadas 2.800 propriedades durante o vazio sanitário este ano, com 300 notificações e 41 autuações. O instituto é responsável pela fiscalização durante o período do vazio sanitário.

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Parmenas Alt
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