No município de Jangada, mais precisamente na comunidade Vaquejador, foi montado um projeto piloto para extração da amêndoa da castanha de caju. Na área do produtor rural, Américo da Guia Silva, possui um plantio de 2,8 hectares de caju anão precoce.
O projeto é executado pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) vai capacitar mais de 20 produtores da comunidade que possui um plantio de 54 hectares de caju.
Para o produtor Américo, o primeiro passo foi utilizar uma máquina manual de corte de castanha e conferir o melhor aproveitamento da amêndoa, sem perder ou quebrar. Ele explica que foram coletadas três toneladas de castanha e com o processamento pretende produzir 600 quilos prontos para o consumo.
A castanha in natura é vendida por R$ 1,20 o quilo, com a extração da amêndoa o preço é acima de R$ 20,00 o quilo. “Estamos no começo e conhecendo todo processo, que exige tempo e aprendizado”, destacou o produtor.
Empolgado com a nova alternativa de lucro e renda, já adquiriu experiência para produzir cinco quilos de castanha por dia. Para tornar a atividade comercial, são necessários 35 quilos de castanhas.
O caju possui duas partes – a castanha que é a fruta e o pseudofruto (pedúnculo floral), reconhecido como o fruto. A castanha é dura e oleaginosa, podendo ser consumido somente após passar por um processo onde é cozido ou torrado e separado da sua casca.
O técnico agropecuário da Empaer, Roberto Teixeira Damasceno, destaca que o município produz 64 toneladas de caju por ano, com uma produtividade média de 1.200 quilos por hectare e não aproveita o fruto de forma comercial. A Intenção é montar uma cooperativa para utilizar também a polpa do caju.