quinta-feira, 21/11/2024
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Produtividade do milho cresce em MT

Com rendimento de até 80 sacas por hectare (ha), a boa produtividade do milho safrinha no Estado poderá ser a única boa notícia do agronegócio estadual nesta safra.

Com colheita na casa dos 90%, os números sobre a safrinha de milho mato-grossense 05/06 vão sendo consolidados. Em Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá) — município campeão na produção do grão –, mais de 80% da área plantada, cerca de 122,61 mil hectares, foram colhidos e a produtividade alcança média de 65 sacas/ha.

Na safra passada, a média em Lucas ficou em torno de 50 sacas/ha, conseqüência das intempéries climáticas. O histórico de rendimento por hectare para o milho segunda safra fica em torno de 60 sacas/ha.

Outras regiões produtoras do grão também contabilizam números positivos, de acordo com o Boletim de Acompanhamento de Safra, divulgado ontem à tarde pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea) da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). O levantamento de informações revela que Campo Verde e Sapezal atingem média de 80 sacas/ha. As safrinhas de Nova Mutum, Nova Ubiratã e Sorriso revelam produtividade de 75 sacas/ha.

O produtor Leandro Mussi, de Lucas do Rio Verde, frisa que de fato a lavoura do milho revela um desempenho superior, se comparado ao ciclo anterior. Conforme as informações do Imea, o rendimento médio é o melhor desde 2004.

Mussi explica que em mais um ano de recursos escassos, “ninguém quis arriscar na safrinha. O milho mais tardio, plantado de depois de março, foi deixado de lado. Mesmo sem muito investimento em tecnologia, o milho superou em produtividade graças a dois fatores: época de plantio e clima. O grão precisa de muita chuva no início da lavoura”. Ele frisa ainda que, na atual conjuntura, “o produtor não pode arriscar”.

PREÇOS — Os preços do grão conseguiram se recuperar parcialmente nos dois meses seguintes aos leilões promovidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mas os produtores de Nova Mutum (269 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá) reclamam da comercialização, que voltou a sofrer quedas devido à falta de interesse por parte dos compradores.

As cotações quase não sofreram alterações, permanecendo praticamente estáveis. As sugestões ficaram em torno de R$ 7,30 para Lucas do Rio Verde. Já ao Sul e Leste do Estado, as cotações se firmaram em R$ 10 para Rondonópolis e R$ 9,20 em Campo Verde. Em Primavera do Leste a saca do milho, que na semana passada era cotada a R$ 10,50, começou esta semana cotada a R$ 10,80 e em Cuiabá houve um acréscimo de R$ 0,50, totalizando a saca a R$ 11,50. Em Tangará da Serra houve uma diminuição de R$ 0,50, fechando a semana a R$ 9, e em Nova Mutum a saca está cotada a R$ 8,20.

Mussi destaca que graças aos leilões tem sido possível — como no caso dele — obter até R$ 9 pela saca. “Sem isso, a cotação cairia para R$ 7, valor que não cobre o custo de produção”, alerta. (Colaborou assessoria)

DC

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Parmenas Alt
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