domingo, 22/12/2024
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Produtividade da indústria cresce 3,5% em três anos, diz Iedi

A produtividade do trabalho na indústria brasileira cresceu 3,5% em média entre 2004 e 2006, segundo pesquisa divulgada pelo Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) nesta terça-feira. No primeiro semestre deste ano, a evolução da produtividade chegou a 3,7%.

Caso o crescimento da produtividade no primeiro semestre de 2007 se mantenha para o resto do ano e que o crescimento nesse ano alcance algo como 3,5%, a indústria brasileira completará quatro anos de crescimento ininterrupto, com média de 3,6%, aponta o estudo do instituto. O índice de produtividade teve alta de 6,1% em 2004, 2,1% em 2005, e 2,5% no ano seguinte.

Segundo o Iedi, ao contrário do que sugerem os analistas, que pedem a ampliação da produtividade a uma taxa maior para compensar a valorização do real frente ao dólar –que nesse ano chega próximo a 10%–, o ritmo de evolução não é baixo. Pelo contrário, diz o levantamento: “é bastante expressivo para padrões internacionais”.

Segundo o estudo, uma análise setorial dos resultados relaciona o crescimento de produtividade ao da produção. Nos seis primeiros meses deste ano, o setor de maior expansão de produtividade, o de máquinas e equipamentos, com alta de 13%, teve acréscimo de produção de 17,4%. No ano passado, esse mesmo setor registrou expansão de produtividade de 9,6%.

Para o Iedi, o desempenho de máquinas e equipamentos é uma indicação de que a indústria está “em uma fase importante de modernização e atualização de seu padrão de competitividade”.

“Aumentar a produtividade é positivo porque amplia a competitividade e permite aumentos nos rendimentos de salário sem pressão inflacionária”, diz o relatório do instituto. “É melhor ainda quando vem acompanhada de aumento de emprego porque dessa maneira evita a oposição entre modernização industrial e ampliação das oportunidades de trabalho.”

Estratégias empresariais

Fabricação de meios de transporte também segue na mesma linha, com crescimento da produtividade de 4,9%, e da produção de 9,5%. Metalurgia básica, com acréscimo de produtividade de 3,8% e indústrias extrativas, com alta de 3,7% –com ampliação da produção de 8,2% e 5,7%, respectivamente.

“Crescimento econômico é, em suma, um dos segredos dos ganhos de produtividade. Outros são políticas e estratégias empresariais para ampliar a absorção de progresso técnico, maior incentivo à inovação e maior inserção exportadora e produtiva das nossas empresas na economia mundial”, aponta o estudo.

No primeiro semestre, das 18 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produtividade aumentou ou foi mantida em 16 delas. Os dois únicos setores com taxas negativas –alimentos e bebidas (queda de 0,6%) e coque, refino de petróleo e álcool (recuo de 9,3%)– devem passar a apresentar aumentos de produtividade, segundo o Iedi.

Do total dos setores que ampliaram a produtividade, 12 deles combinaram aumento de produtividade e aumento da produção. E um total de 10 segmentos, que respondem por 53% do valor da transformação industrial brasileira, expandiu conjuntamente a produtividade, a produção e as horas pagas.

Câmbio

Conforme o estudo, a resposta da produtividade também está presente em alguns setores mais pressionados pela valorização cambial e pela concorrência internacional, como vestuário. No primeiro semestre, o ganho foi de 9,7%, com redução de 6,5% nas horas pagas, no entanto.

Outros setores, por outro lado, ainda precisam ampliar sua produtividade, como produtos químicos, têxtil, produtos de metal e madeira –todos eles com baixos índices no primeiro semestre de 2007 e no ano de 2006, segundo o levantamento.

A variação da produtividade nesses dois períodos foi de, respectivamente, 1,9% e -0,8% (produtos químicos), 1,3% e 3,1% (têxtil), 0,8% e 0,4% (produtos de metal), 0,1% e 3,2% (madeira).

Fol

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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