domingo, 22/12/2024
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Produção industrial cai 0,2% em abril, diz IBGE

A produção da indústria brasileira mostrou leve queda de 0,2% em abril, em relação com o mês anterior, que havia registrado recuo de 0,5%, segundo aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em pesquisa divulgada nesta quinta-feira (31). Essa é a segunda queda mensal seguida do indicador. Na comparação com abril de 2011, a atividade fabril caiu 2,9% – a oitava baixa seguida nesse tipo de comparação.

Nos primeiros quatro meses de 2012, a produção da indústria mostrou redução de 2,8%, mesmo número verificado no primeiro trimestre.
Na passagem de março para abril, a produção em 13 dos 27 setores pesquisados pelo IBGE registraram queda. Os maiores destaques, que contribuíram para a queda do indicador, estão os ramos de alimentos (-3,7%) e farmacêutica (-8,5%), de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (-11,6%), bebidas (-1,6%), minerais não metálicos (-1,4%), outros produtos químicos (-0,6%), borracha e plástico (-1,2%) e produtos de metal (-1,1%).
Na contramão, entre os ramos da indústria que mostraram aumento na produção estão edição, impressão e reprodução de gravações (6,7%) e veículos automotores (2,4%). Na sequência, estão máquinas para escritório e equipamentos de informática (5,9%), refino de petróleo e produção de álcool (1,3%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (3,8%) e celulose, papel e produtos de papel (1,3%).
Na análise por categorias de uso, tiveram queda bens de consumo semi e não duráveis (-1,4%) e bens de consumo duráveis (-0,5%). O setor produtor de bens intermediários (0,0%) ficou estável e o de bens de capital avançou 1,9%.
Sobre 2011
Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção industrial foi negativa nas quatro categorias de uso, e em 14 das 27 atividades avaliadas. A maior influência negativa sobre o índice geral partiu do setor de veículos automotores, cuja produção caiu 10,5%, "pressionado em grande parte pela queda na produção de aproximadamente 75% dos produtos investigados no setor".
Também tiveram papel negativo os setores farmacêutico (-18,2%), de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-16,6%), alimentos (-3,1%), metalurgia básica (-4,7%), fumo (-20,6%), produtos de metal (-5,7%), têxtil (-7,7%), borracha e plástico (-4,9%) e vestuário e acessórios (-11,9%).
Entre os 12 setores que registraram taxas positivas, os maiores destaques ficaram com refino de petróleo e produção de álcool (6,0%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (14,4%) e celulose, papel e produtos de papel (3,9%).
Quanto às categorias de uso, registraram quedas bens de consumo duráveis (-6,1%) e bens de capital (-4,1%). No primeiro segmento, o desempenho desse mês foi influenciado em grande parte pela menor fabricação de telefones celulares (-20,3%), automóveis (-2,7%), eletrodomésticos da “linha marrom” (-8,4%) e motocicletas (-19,2%).
Ainda no confronto com abril de 2011, os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (-1,1%) e de bens intermediários (-2,0%) também assinalaram queda na produção.
"Vale destacar que nos dois últimos meses observou-se um dia útil a mais que igual mês do ano anterior: março (22 dias úteis em 2012 e 21, em 2011) e abril (20 em 2012, 19, em 2011)", diz o IBGE, em nota.

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Parmenas Alt
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