domingo, 22/12/2024
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PRISCILA MACHADO

 

ATENÇÃO, MOÇADA: Priscila Machado está solteira. E taí coisa que não é a especialidade dela, nem um pouco. “Gosto de ter aconchego, colo, um ombro gostoso”, diz a Miss Brasil 2011. “Mas, enquanto isso, me consolo com amigos incríveis e com o Paco, que me faz fiel companhia.” Paco é um golden retriever de dois meses que tem o privilégio de morar com Priscila num apartamento no bairro de Moema, em São Paulo. “E o Paco sabe nadar?”, eu provoco.

Vocês se lembram: Priscila foi namorada de Cesar Cielo. “Por oito meses”, ela conta. Chegou a pegar um avião para Londres e viveu por dez dias aquela ansiedade da Olimpíada. Queria dar um apoio ao namorado. Achou que a torcida valeria a pena, mesmo à distância.

Bem, Cesar Cielo teve, como diz Priscila, “início, meio e fim”. Priscila voltou para São Paulo, cidade que a fascina desde que a adolescente de Canoas, Rio Grande do Sul, começou a frequentar as passarelas (“é uma cidade onde tudo acontece”) e logo teria pela frente um desafio: o de passar a faixa e a coroa de Miss Brasil para a sucessora. Deve ser um difícil rito de passagem: da noite para o dia, sair do holofote, deixar de ser “a mulher mais bonita do Brasil”. “Na verdade, nunca me vi assim”, assegura Priscila. Ela sabe que é bonita, mas não se sentiu a mais bonita. “Só quando fico com raiva é que me sinto linda”, brinca.

Virar Miss Brasil foi um acaso muito estudado e minuciosamente perseguido. “Sou modelo, sempre quis ser modelo, é o que mais gosto de fazer”, diz ela. Mas, para ter sucesso numa área de competição tão acirrada como as passarelas e os editoriais de moda, essa gaúcha de cabelos e olhos castanhos, tão espantosamente diferente do estereótipo Gisele, decidiu enveredar por esse atalho que são os concursos de Miss. Foi Miss Canoas. Tentou Miss Rio Grande do Sul. Não conseguiu. Virou Miss Cidade do Rio de Janeiro. Daí, novo salto, agora vitorioso: Miss Rio Grande do Sul, 2011. E, enfim, Miss Brasil. Com a responsabilidade – “uma delícia, um prazer” – de ser a anfitriã para o Miss Universo do ano passado, que aconteceu em São Paulo, pela primeira vez no Brasil.

Ficou em terceiro lugar (ganhou a Miss Angola, com quem Priscila acabou criando uma amizade de irmã) e, mais uma vez, como já tinha acontecido no Miss Brasil, teve de encarar a rabugice de muita gente. “Engraçado, né? Sou moça tranquila, não gosto de polêmicas, mas as polêmicas gostam de vir até mim.” Começou com as fotos que vazaram para a internet à revelia dela e que até hoje Priscila não sabe de onde saíram. Estava de seios nus. Quiseram contestar a vitória dela. Priscila reagiu. Os organizadores do concurso perceberam que não tinha sido culpa de Priscila. Agora, livre das reponsabilidades sociais e profissionais do concurso, ela decidiu acionar uma advogada para botar isso em pratos limpos.

“Nem frustrada nem aliviada”, diz ela – depois de entregar a coroa de Miss Brasil, em setembro, em Fortaleza. “ Mas com a sensação de dever cumprido.” E, claro, com direito de seguir a vida de modelo com a indispensável liberdade. “Meu momento é feliz e só vai melhorar”, diz, confiante. “Quem diz que a carreira de modelo é muito competitiva, com rasteiras e cotoveladas nos bastidores, é porque não conhece concurso de Miss, o ego entra em campo, a vida fica muito difícil.”

E o assédio, dá para administrar? “A gente trabalha tanto que não percebe”, desconversa. “Talvez porque eu tenho essa cara de brava.” Mas Priscila conhece o explosivo potencial de sua sensualidade e não se acanha. “Sei muito bem lidar com ela.” Escolheu Status e o fotógrafo J.R. Duran para inaugurar essa nova fase. “Sou emocional, eu me jogo, não tenho medo de nada, gosto do acaso, mas sei que tudo tem seu tempo”, diz. E os homens? “Estou naquela fase ‘casada com o trabalho’. Mas nessa área sou do tipo que nunca diz nunca.”

Aos 26 anos, ela mira o próximo passo: televisão. Retomou os estudos de jornalismo e sonha com o dia em que irá pilotar um programa de entretenimento – “moda, beleza, bem-estar” – numa Globo ou Record da vida. Se depender de fôlego, talento, corpo lindo e essa carinha aí, a gaúcha chega lá. Fernanda Lima que se cuide.

Ah, o Paco talvez saiba nadar, sim.

Nirlando Beirão

 

Créditos:

Produção Executiva Marina Felício
Assistentes de Foto Fred Othero e Rodrigo Zulatto
Tratamento de Imagem Regis Panato (Photouch)

Agradecimento agenciamento Caíco de Queiroz | guitarra (acervo pessoal Gustavo Arrais)

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Parmenas Alt
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A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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