domingo, 22/12/2024
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Primeira-dama mexicana na luta contra as drogas

Quando Margarita Zavala, mulher do presidente do México, é lembrada de que todos os jornais do país publicaram na primeira página fotos suas em uma cerimônia em memória à morte de dois jovens em um incidente relacionado ao tráfico de drogas, ela franze a testa ligeiramente.

Nos últimos meses, esta discreta primeira-dama assumiu um papel público de consolar as famílias das vítimas da guerra do tráfico de drogas do México. Mas ela não tinha planejado que seus gestos solidariedade ficassem tão visíveis.

“Eu não gosto de fazer isso de uma maneira muito pública, pois é algo muito pessoal”, disse Margarita, em entrevista ao The New York Times. “Eu acho que é realmente importante para alguém, para uma mãe, por exemplo, sentir que ela não está sozinha”, disse.

Margarita ficou ainda mais em evidência no começo de abril quando ela recebeu a primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, que fez uma breve visita ao México durante sua primeira visita desacompanhada ao exterior.

Falando aos estudantes secundaristas e universitários, Michelle Obama improvisou apenas uma vez, fugindo de seu texto preparado, para elogiar Margarita. “Ela é inteligente, ela é resistente, ela é apaixonada”, disse Michelle. Posteriormente, a primeira-dama dos EUA disse a repórteres que Margarita havia feito uma apresentação muito informativa, durante uma conversa naquela manhã, sobre a prevenção ao uso das drogas.

Antes de se tornar primeira-dama do México, mais de três anos atrás, Margarita Zavala, de 42 anos, teve uma carreira como advogada e depois como membro do Congresso do México. Filha de advogados, educada em uma escola católica e em uma das escolas de Direito de maior prestígio no México, ela era uma figura em ascensão no Partido da Ação Nacional, onde conheceu seu marido, Felipe Calderón.

Mas quando Calderón se tornou o presidente, mais de três anos atrás, ela assumiu silenciosamente seu novo papel. Em parte, era porque tinha três filhos – o caçula tem apenas 7 agora – e queria fazer a vida mais normal possível para eles. Ela disse que teve de explicar ao filho o que significava ter “seu pai emprestado para o país por seis anos”.

Margarita trabalha para aumentar a visibilidade das mulheres em seu partido e é uma defensora dos direitos das femininos no mercado de trabalho. Mas um argumento feminista nunca a convenceu: ela se opõe ao aborto. Sua única declaração política sobre o assunto foi a de condenar a legalização do procedimento na Cidade do México.

Durante o mandato de Calderón, Margarita busca imprimir sua marca em temas de importância social, como o apoio às organizações que ajudam na luta contra o vício em drogas e organizações que cuidam de crianças imigrantes que são devolvidas dos Estados Unidos. Até os críticos da primeira-dama elogiam sua abertura e sua preocupação social.

Uma recente pesquisa feita pelo jornal Excelsior aponta que Margarita é a figura política mais popular de seu partido, à frente de seu marido, seus ministros e líderes do Congresso.

Quando perguntada se poderia ter ambições políticas além da presidência de seu marido, ela afirma rapidamente que promete continuar trabalhando para evitar o vício às drogas. “Eu sempre pensei sobre a política em seu sentido mais amplo, no sentido de promover o bem-estar”, disse ela. “Isso não depende do cargo em que a pessoa está”.

The New York Times/U.Seg

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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