A primavera começa na manhã deste domingo (22) e vai se estender até 21 de dezembro. Com a nova estação, chuvas regulares devem voltar. Mas ainda há risco de novas ondas de calor, principalmente na primeira quinzena de outubro.
O meteorologista Vinicius Lucyrio, da Climatempo, explicou ao G1 que ao longo dos próximos meses poderemos observar a transição de “calor mais extremo e seco” para “calor bem abafado e com umidade alta”.
Como fica o tempo na primavera de 2024
Confira abaixo as principais tendências climáticas para a primavera de 2024, segundo a Climatempo:
Volta das chuvas regulares
- Retorno das chuvas deve ocorrer aos poucos, ao longo dos meses;
- No primeiro mês da primavera, a chuva deve voltar a ser mais constante entre Paraná e São Paulo, passando pelo sul de Goiás e chegando ao Amazonas e Acre;
- O meteorologista disse que “devemos ter o retorno mais antecipado das chuvas na maior parte do Brasil, já em novembro”;
- Em novembro, a chuva deve retornar para o restante do Sudeste e Centro-Oeste, além do norte do Amazonas, Roraima e sul do Pará;
- Em dezembro, a chuva volta para o sul da Bahia, Tocantins e Pará.
Ainda sobre as chuvas, existem as seguintes tendências:
- Volumes de chuva devem superar a média em partes do Centro-Sul;
- Dezembro deve ter pancadas de chuva no estilo verão;
- Região Sul deve ficar um pouco mais seca, por conta do La Niña (mais sobre isso no final desta nota).
Temperaturas não tão extremas
- A previsão para o começo da estação é de temperaturas altas, bem acima da média;
- No entanto, ao longo dos meses, a tendência é as oscilações de temperatura ficarem mais normais (principalmente em dezembro);
- É bem improvável que grandes ondas de calor ocorram em novembro e dezembro, segundo Lucyrio;
- Ondas de calor devem se limitar a áreas do Centro-Norte (região entre Pará, Tocantins, parte do Nordeste e norte de Goiás).
- O fenômeno La Niña é outro fator que deve influenciar a primavera de 2024 no Brasil.
- Para quem não sabe (ou não lembra): La Niña é um fenômeno climático que ocorre periodicamente no Oceano Pacífico Equatorial. Ele se caracteriza pelo resfriamento das águas superficiais nessa região – em contraste com o El Niño, que as aquece.
No entanto, a previsão é que a intensidade do La Niña seja baixa. Isso significa que o fenômeno não deve influenciar tanto assim as chuvas e temperaturas no Brasil ao longo da primavera. A ver se vai ser assim mesmo.
- G1-OlharDigital