Seis pessoas foram presas em flagrante pela Polícia Civil, em Campo Novo dos Parecis, município localizado a 396 km de Cuiabá, suspeitas de fraudar a aquisição de combustível pago pelo estado para abastecimento de carros oficiais. As prisões aconteceram nesta segunda-feira (14) e no sábado (12).
Conforme o delegado Eder Clay de Santana Leal, que liderou as investigações, os suspeitos utilizavam placas de carros da Polícia Civil de Colíder e da Força Tática da Polícia Militar de Tangará da Serra para encher galões de combustíveis e revendê-los a taxistas por valor abaixo do preço das bombas dos postos.
Segundo a assessoria da polícia civil, um dos suspeitos era responsável por digitar os dados e falsificar a assinatura do servidor. “Este suspeito trabalhava no posto que abastecia viaturas da Polícia Militar e se apossou dos dados do servidor, sem o conhecimento dele”, disse o delegado Eder Clay.
A Polícia Civil conseguiu surpreender um dos suspeitos no posto de gasolina digitando a senha e login do PM. Ele tentava comprar mais de 400 litros e acabou sendo autuado em flagrante. O suspeito foi levado para a delegacia e em depoimento confessou o crime e indicou os taxistas como sendo as pessoas para quem o produto era repassado.
As demais prisões aconteceram na residência dos suspeitos. Nos locais os investigadores conseguiram apreender aproximadamente 1.000 litros armazenados em galões. Em depoimento, os presos alegaram desconhecer que o combustível adquirido era de origem ilícita, mesmo estando com preço inferior ao de mercado.
Investigação
De acordo com o delegado Eder Clay de Santana Leal, as investigações iniciaram a partir de uma denúncia feita pela Polícia Civil do município de Colíder, após o conhecimento de erro no abastecimento e na quilometragem de viaturas. “De imediato foram feitas diligências pela equipe de investigadores que conseguiram identificar várias autorizações obtendo gasolina liberadas através da senha e login de um policial militar lotado na cidade de Campo Novo dos Parecis”, explicou o delegado.
Segundo a Polícia Civil, o ex-frentista suspeito irá responder pelo crime de tentativa de estelionato, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Os outros cinco, que trabalham como taxistas, foram presos nesta segunda-feira (14), e devem ser indiciados por receptação e formação de quadrilha.
Seguindo a legislação penal, o delegado arbitrou fiança para os presos, que responderão pelos crimes em liberdade. “Continuaremos as investigações para identificar outras pessoas envolvidas com essa quadrilha, inclusive a participação de funcionários do posto onde a fraude era aplicada. Bem como os valores da fraude aos cofres públicos”, conclui o delegado.