quinta-feira, 21/11/2024
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Presos na Operação Navalha negam acusações no STJ; mas três estão soltos

Ivan Paixão (ex-PPS) disse que “alguém teria falado” em nome dele na negociação para que se liberasse uma emenda parlamentar no valor de R$ 6,8 milhões. Ele alegou que enquanto era parlamentar (de 2004 a 2005), não liberou nenhuma emenda para a empresa Gautama, envolvida na Operação Navalha.

Ivan Paixão é acusado de ter autorizado emenda parlamentar em troca de uma propina de R$ 50 mil, mas declarou em depoimento que quando os recursos foram liberados, no final de 2006, já não era mais deputado federal e sim suplente. Por isso, segundo ele, não poderia liberar a emenda.

Segundo o advogado de Conceição, Gilberto Vieira, seu cliente “respondeu a todas as perguntas em um depoimento que durou cerca de uma hora”. De acordo com Vieira, no depoimento seu cliente teria explicado à ministra do STJ Eliana Calmon, a um representante do Ministério Público e um delegado da Polícia Federal que “a decisão do governo de Sergipe de realizar uma obra na adutora do Rio São Francisco não teve nenhuma irregularidade e teve sua licitação aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na época”.

Ele também teria afirmado que nas conversas telefônicas que a PF pegou, ele [Conceição] não aparece conversando com o filho do ex-governador do Sergipe João Alves. O filho do ex-governador, João Alves Neto, é um dos presos da Operação Navalha. Segundo Vieira, a ministra disse que Conceição já pode retomar suas funções, informação não confirmada pela PF.

Ainda estão previstos para essa manhã os depoimentos do secretário de Infra-Estrutura do Maranhão, Ney Barros Belo, o servidor público Geraldo Magela e João Alves Neto, filho do ex-governador de Sergipe, João Alves. Roberto Guimarães, presidente afastado do Banco de Brasília (BRB), também deveria prestar depoimento nesta segunda, mas seus advogados conseguiram adiá-lo para a terça-feira.

O ministro do Supremo Gilmar Mendes deve julgar ainda hoje 20 pedidos de liberdade, entre habeas-corpus e extensão de habeas-corpus em liminar. Na noite de ontem, ele concedeu habeas-corpus ao ex-governador do Maranhão José Reinaldo Carneiro Tavares e a Guimarães, que atuou como consultor financeiro do Maranhão.

Tiveram os pedidos negados Alexandre Maia Lago e Francisco de Paulo Lima Junior, sobrinhos do governador do Maranhão, Jackson Lago. O ministro Gilmar Mendes negou também o pedido de habeas corpus do ex-secretário municipal de Sinop (MT), Jair Pessine, e do assessor do Ministério de Minas e Energia, Sérgio Luiz Pompeu Sá.

Ministro

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, foi investigado na Operação Navalha por suspeita de corrupção passiva. Uma fonte da Polícia Federal ouvida ontem pelo jornal “O Estado de S.Paulo” confirmou que Rondeau – que entrou no governo por indicação do PMDB – foi monitorado pela suspeita de ter sido recompensado pela construtora Gautama – a principal empresa do esquema – supostamente por ter conseguido liberação de recursos para obras do Programa Luz para Todos no Piauí.

Outro investigado é o governador de Alagoas, Tetônio Vilella Filho (PSDB), que teria autorizado a execução de uma obra para a construtora Guatama logo após um encontro com o dono da empresa, Zuleido Veras, acusado de ser o chefe da quadrilha.

AB

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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