presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (PSB), teria se beneficiado com um esquema no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT). A informação consta na delação de Antônio Barbosa, irmão do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A assessoria do parlamentar afirmou que ele está em licença para resolver assuntos pessoais e não deve se manifestar sobre a declaração.
De acordo com o depoimento, Botelho teria sido beneficiado com um esquema no serviço de gravames de veículos (registro de contratos de financiamento), através de uma empresa ligada a ele. Além do presidente da ALMT, o deputado Mauro Savi (PSB) e o ex-deputado federal Pedro Henry. O G1 não consegiu contato com os outros citados.
Segundo o delator, em meados de 2010, Pedro Henry o procurou para conversar sobre o retorno que a empresa EIG Mercados LTDA, antiga FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação Ltda, pagava por serviços prestados ao Detran-MT.
Num segundo encontro, o irmão do ex-governador esclareceu a Pedro Henry como funcionavam os serviços e como o pagamento de propina era feito.
“Na reunião lhe foi explicado que uma empresa de Brasília (FDL) tinha a concessão, e repassava a propina através de uma empresa prestadora de serviços em Cuiabá, por meio de laranjas dos políticos beneficiados pelo esquema”, diz trecho da delação.
Antônio Barbosa afirmou, em depoimento, que recebeu repasses de R$ 80 a R$ 100 mil por mês com o esquema.
Fonte G1