prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, inaugura nesta segunda-feira (19-10), às 18h30m, no Bairro Pedra 90, um dos mais revolucionários sistemas de inclusão digital, o Projeto Internet para Todos. Esse sistema já está encontra disponível em caráter experimental inicialmente em dois pontos da cidade (no próprio Pedra 90 e na Praça 8 de Abril ), dos 17 previstos nesta fase de implantação em bairros e praças.
A meta da Prefeitura, segundo revela o prefeito, é disponibilizar o Projeto Internet para Todos em todos os bairros da Capital até, no máximo, em fevereiro de 2010.
No Brasil, 65 cidades já operam sistema idêntico regularmente, o que inclui várias capitais de grande porte, a exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro.
“A internet se constitui num dos mais revolucionários sistemas de comunicação de massa”, diz Santos. “Pela internet o mundo ficou pequeno, próximo, visualizado dentro de casa. Não existem barreiras que impeçam os semelhantes de saber o que se passa do outro lado do Planeta. O advento da internet diminuiu distâncias porque processa informações de maneira célere e eficaz. Ela Facilita tudo na vida das pessoas. A utilização dos recursos da internet é ilimitada. O que nós queremos é facultar esse benefício a todos os habitantes de Cuiabá. É como se fosse uma lan-house pública em cada um dos pontos interligados com o sistema”.
Pelo Projeto Internet para Todos, os próximos bairros a serem beneficiados são: Região Sul – Osmar Cabral; Parque Cuiabá; Residencial Coxipó; Tijucal. Região Norte CPA I (atender CPA I e II); CPA III ( atender CPA III e IV); 1 de Março. Região Oeste Verdão; Porto; Jardim Araçá; Novo Colorado. Região Leste – Dom Aquino; Areão; Pedregal; Planalto.
O objetivo maior dessa nova infraestrutura, conforme seus mentores, “é promover o vínculo social, a inclusão digital, democratizar o acesso à informação, produzir dados para a gestão do espaço, aquecer as atividades políticas, culturais e econômicas e reforçar a dimensão pública”.
Outro desafio, citam, reside em criar formas de comunicação e de uso do espaço físico, a fim de favorecer a apropriação social das novas tecnologias e fortalecer a democracia com experiências de governo eletrônico e cibercidadania. A atual revolução na infraestrutura urbana – ressaltam – é uma mudança fundamental no desenvolvimento das redes urbanas desde o começo do século passado.
COMO FUNCIONA…
As cidades digitais são sistemas complexos. Desde as primeiras necrópoles pré-históricas até as contemporâneas megalópoles, as cidades nascem, crescem e desenvolvem-se a partir de fatores sociais, culturais, políticos, tecnológicos. No século XVII, a ciência e a tecnologia tornam-se importantes para o desenvolvimento do espaço urbano. A era industrial que se inicia no século XVIII vai moldar a modernidade e criar uma urbanização planetária. Hoje, em pleno século XXI, as novas tecnologias de comunicação e informação imprimem novas marcas ao urbano. As cidades digitais são as cidades da globalização, em que as redes telemáticas fazem parte da vida quotidiana e constituem-se em infra-estrutura básica e hegemônica da época.
O termo Ci dade Digital (ou Cibercidade) abrange quatro tipos de experiências que relacionam cidades e novas tecnologias de comunicação. Em primeiro lugar, e parece ter sido essa a origem do termo, entende-se por Cidade Digital projetos governamentais, privados e/ou da sociedade civil que visam criar uma representação na web de um determinado lugar. Cidade Digital é aqui um portal com informações gerais e serviços, comunidades virtuais e representação política sobre uma determinada área urbana. Um dos projetos pioneiros foi “De Digitale Stad”, da cidade de Amsterdã, criado em 1994 por uma organização civil hoje transformada em entidade de utilidade pública.
Entende-se, em segundo lugar, por Cidade Digital, a criação de infra-estrutura, serviços e acesso público em uma determinada área urbana para o uso das novas tecnologias e redes telemáticas. O objetivo é criar interfaces entre o espaço eletrônico e o espaço físico através de oferecimento d e teleportos, telecentros, quiosques multimídia e áreas de acesso e serviços. Há inúmeras iniciativas no Brasil. O Ministério das Comunicações elaborou um Plano Nacional de Cidades Digitais para levar banda larga a todo o país. O objetivo é articular ações de inclusão digital, levando acesso à internet para toda a população em cinco anos.
Um terceiro tipo de Cidade Digital refere-se a modelagens 3D a partir de Sistemas de Informação Espacial (SIS, spacial information system e GIS, geographic information system) para criação de simulação de espaços urbanos.
Esses modelos são chamados de “CyberCity SIS” e são sistemas informatizados utilizados para visualizar e processar dados espaciais de cidades. As simulações ajudam no planejamento e gestão do espaço, servindo como instrumento estratégico do urbanismo contemporâneo.
A quarta categoria, que podemos chamar de “metafórica”, é formada por projetos que não representam um espaço urbano real. Estes projetos são chamados por alguns autores de “non-grounded cybercities”, cidades não enraizadas em espaços urbanos reais. Essas Cidades Digitais são sites que criam comunidades virtuais (fóruns, chats, news, etc.) utilizando a metáfora de uma cidade para a organização do acesso e da navegação pelas informações.
Nesse caso, não há uma cidade real, como por exemplo “Twin Worlds”, “V-Chat”, “DigitalEE” ou o popular “Second Life”.
Brasil acompanha a tendência mundial
Atualmente, as tecnologias e redes sem fio imprimem novas transformações sociais (redes de sociabilidade por SMS, micro-blogging), novas práticas culturais (acesso e consumo da informação em mobilidade) e novos desenhos no espaço urbano (zonas de acesso para Wi-Fi e celular, navegação por GPS, mapeamento, geolocalização). As cidades entram na era da computação ubíqua, embarcada, móvel.
Exemplos dessa nova estrutura de conexão podem ser encontrados em várias cidades. No Brasil estão sendo implementados projetos de redes sem fio em Almerin (PA), Belo Horizonte (MG), Ouro Preto (MG), Parintins (AM), Piraí (RJ), Sud Menucci (SP), entre outras. Podemos dizer que o Brasil tem acompanhado a tendência mundial, já que encontramos as quatro categorias no país (portais governamentais, telecentros, redes wi-fi, GIS, Second Life…).
As metrópoles são hoje cidades “desplugadas”, ambientes de conexão envolvendo o usuário em mobilidade, interligando máquinas, pessoas e objetos no espaço urbano.
Os lugares tradicionais, como ruas, praças, avenidas estão, pouco a pouco, transformando-se com as novas práticas socioculturais de acesso e controle da informação. A máxima que reza que o ciberespaço desconecta-se do espaço físico não se sustenta atualmente. A cidade contemporânea caminha para se transformar em um lugar de conexão permanente, ubíquo, permitindo trocas de informação em mobilidade criando “territórios informacionais”.
Em todas as acepções do termo, fica evidente que por Cidade Digital não podemos pensar em um espaço abstrato na Internet. Devemos compreendê-la como uma nova dimensão do urbano, e não como uma “outra” cidade, como um espaço “virtual” ou como uma “cidade na internet”. Trata-se efetivamente de uma reorganização das cidades existentes, fruto da nova relação entre o espaço urbano (e suas práticas) e as tecnologias digitais de informação e comunicação. Cidades Digitais são as aquelas em que a interface de redes e tecnologias informacionais com o espaço urbano já é uma realidade.
Próximos Bairros:
Região Sul
Osmar Cabral
Parque Cuiabá;
Residencial Coxipó;
Tijucal
Região Norte
CPA I (atender CPA I e II)
CPA III ( atender CPA III e IV)
1 de Março
Região Oeste
Verdão;
Porto;
Jardim Araça
Novo Colorado;
Região Leste
Dom Aquino;
Areão;
Pedregal;
Planalto