O prefeito de Cáceres, Francis Maris, registrou um Boletim de Ocorrências, onde ele alega ter recebido pelo menos três ligações não identificadas em seu celular com ameças veladas de morte por conta da prisão de dezenas de servidores na Operação Fidare realizada no mesmo dia.
Ao Jornal Oeste ele disse que foi orientado pelas autoridades policiais a se precaver. ''Me mandaram colocar a barba de molho'', disse em tom de brincadeira.
Nos bastidores são fortes os comentários de que o prefeito sabia das investigações e da operação que culminou inclusive com a prisão de servidores de sua confiança, entre eles o secretário de Finanças, Odiner de Sá, o controlador Rangel Renan e a pregoeira Katia Faria.
Hoje, 3, em entrevista levada ao ar pelo jornal regional da Radio Difusora, ele revelou que depôs na Policia Federal e colaborou com as investigações.
Além disso, ele revelou que a Operação realizada na terça-feira, 1, instalou um caos na prefeitura porque dados do sistema de gestão foram apreendidos impedindo compras, pagamentos, recebimentos e licitações. ''Não podemos comprar medicamentos, material de expediente combustíveis e até ferias e décimo terceiro dos servidores não podem ser pagas porque as secretarias de Finanças e Administração estão paradas'', revelou.
O Jornal Oeste apurou que ontem, 2, por conta de débito com o posto que atende o município, a distribuição da merenda escolar teve que ser feita por veículos do Exército.