Investigado pela Justiça Eleitoral, o prefeito de Nossa Senhora do Livramento (a 32 km de Cuiabá), Zenildo Pacheco Sampaio, pode ser cassado, sob acusação de coagir servidores públicos municipais, caso não apoiassem seu candidato a sucessão nas eleições deste ano, Carlos Roberto da Costa, o "Nezinho".
Gravações da reunião com os servidores, já encaminhadas a Justiça Eleitoral comprovariam a ameaça de exoneração, feita por Zenildo que teria convocado, por meio de ofício, os servidores da prefeitura para uma reunião administrativa, ou seja, o prefeito tem usado a máquina pública para favorecer seu candidato.
“Quem não está a vontade para me ajudar, a porta está aberta. Então eu quero todo mundo (…), e quem não estiver à vontade para assumir este compromisso comigo, a sala está de portas abertas. Vai no gabinete, eu faço a demissão hoje, amanhã, ou na hora que você precisa”, consta em trecho da gravação.
De acordo com informações dos advogados autores da ação, as servidoras Waldesleya Medeiros de Queluz e Franciele Pereira de Oliveira, contrárias a imposição do prefeito – que tem obrigado o funcionalismo público a apoiar Nezinho -, foram automaticamente foram exoneradas de seus respectivos cargos. O atual prefeito, ainda teria cometido crimes de desvio e abuso de poder político e econômico, captação ilícita de sufrágio, prática de condutas vedadas e improbidade administrativa.
Diante da ação proposta pela proposta pela Coligação "Livramento Livre e Democrático", encabeçada pela candidata Aparecida Botelho, o juiz da 58ª Zona Eleitoral, Onivaldo Budny, mandou oficiar o município para que no prazo de 48 horas, sob pena de busca e apreensão, encaminhe todos os documentos referentes a exoneração dos servidores citados e sejam remetidas cópias da presente ação as autoridades competentes para que sejam investigados os crimes eleitorais e os atos de improbidade (instauração de inquerito policial e investigação dos crimes de improbidade pela promotoria especializada de Várzea Grande).
O Advogado João Bosco Ribeiro Barros Junior, acredita que com a confirmação da conduta exposta na inicial, os requeridos irão ser condenados com pena de multa e cassação e, no caso dos que ainda não tomaram posse, serão cassados os registros ou seu diploma caso empossados, assim como afirmou o promotor eleitoral.
Com informações Olhar Jurídico