O prefeito Wilson Santos disse hoje que a Prefeitura de Cuiabá não está alheia ao risco de ver comprometidos os serviços de saúde por conta da paralisação dos médicos do Pronto Socorro Municipal e dos PSF”s, e prometeu agir no momento oportuno para assegurar esses serviços à população carente da cidade. Ele lembrou que conta com alguns dias, período este em que as negociações ainda podem avançar.
Contudo, o prefeito observou que defende nada menos do que 82% população, um segmento penalizado composto por pessoas que não têm plano de saúde nem podem pegar um avião e sair da cidade para realizar tratamento médico em centros mais adiantados, daí porque não hesitará em adotar medidas para proteger a população cuiabana – “que não pode ficar desamparada”, conforme enfatizou.
Wilson Santos acenou com o diálogo para a categoria que paralisou as atividades, mas promete garantir aos cuiabanos os serviços que estão comprometidos por conta da greve. Ele insistiu na tese de que entre a prefeitura e os médicos está o povo da cidade, que anseia pelos serviços básicos de saúde e não pode ficar desamparado por conta da paralisação.
O prefeito respondeu um a um os questionamentos feitos pelo Sindicato dos Médicos, e lembrou que há várias alternativas sendo estudadas pela Prefeitura para fazer frente a uma situação de carência provocada pela greve. Em princípio, acredita que as negociações poderão evitar demissões, mas foi claro ao dizer que aceitará os pedidos de demissão se não houver outra alternativa.
A contratação de novos profissionais foi uma hipótese lembrada pelo prefeito para fazer frente à carência de médicos. Contratar serviços terceirizados foi outra opção que ele mencionou, como também prometeu chamar eventuais médicos aprovados em concurso e que ainda não foram convocados, como também acenou com a realização de um novo concurso público.
Ele recusou-se, de modo incisivo, a analisar o pedido de demissão do secretário de Saúde, Luiz Soares, feito pelos grevistas, alegando que nunca se intrometeu na escolha do presidente do Sindicato, razão pela qual pensa que os médicos devem ter igual procedimento. Também elogiou o secretário, a quem considera “uma reserva moral de sua administração”, um político experiente e com larga folha de serviços prestados à cidade e ao estado.
